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DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL DE INGRESSANTES DE ACADEMIA DE GINÁSTICA COM SOBREPESO E OBESIDADE, PELO ÍNDICE SUBESCAPULAR/TRÍCEPS

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Autor(es)

Roberto Fernandes da Costa, Mauro Guiselini, Daniel Rodriguez; Mauro Fisberg.

Resumo

A distribuição da gordura corporal constitui uma variável de grande importância na avaliação do risco para doenças crônicas associadas à quantidade de gordura corporal. A estreita relação existente entre distribuição central de gordura corporal e o aumentado risco para doenças crônico-degenerativas indica que técnicas que permitam medir ou, pelo menos, estimar a quantidade de gordura na região visceral podem auxiliar na detecção de tais riscos e na determinação de condutas de intervenção. Considerando que as técnicas de medida da gordura visceral, como Ressonância Nuclear Magnética ou Tomografia Computadorizada, apresentam elevado custo operacional e baixa aplicabilidade para o público de academia, torna-se necessário a utilização de medidas simples que permitam estimar o risco para doenças crônicas decorrente do excesso de gordura nesta região do corpo. Neste sentido, o Índice Subescapular/Tríceps (IST) obtido pela divisão da medida da espessura da dobra cutânea subescapular pela espessura da dobra cutânea triciptal tem sido utilizado como indicativo da distribuição da gordura corporal. Valores de IST entre 0,76 e 0,99 indicam alto risco de distribuição central de gordura corporal, e valores superiores a 1,0 indicam obesidade abdominal. O objetivo do presente estudo foi verificar a proporção de ingressantes da academia Runner, diagnosticados em sobrepeso e obesidade pelo índice de massa corporal (IMC), que apresentavam obesidade abdominal pelo IST. Foram avaliados 3.391 alunos de 20 a 49,9 anos de idade, divididos em três faixas etárias (20 a 29,9; 30 a 39,9 e 40 a 49,9). As medidas de massa e estatura foram realizadas seguindo-se a padronização descrita por Gordon (1988), utilizando-se balanças da marca Toledo e Estadiômetros da marca Sanny®; as medidas de dobras cutâneas seguiram a padronização descrita por Costa (2001), utilizando-se adipômetros científicos da marca Sanny®. Os resultados mostraram que dos 694 homens classificados em sobrepeso 87,3% apresentaram obesidade abdominal e dos 220 obesos 93,6% apresentaram obesidade abdominal. Entre as mulheres, a obesidade abdominal foi encontrada em 48,0% das 269 que tinham sobrepeso e em 65,2% das 66 que tinham obesidade. A análise dos resultados permite concluir que embora em ambos os sexos a proporção de sujeitos com obesidade abdominal tenha sido significantemente maior nos obesos (p<0,05), nos sujeitos com sobrepeso foi elevada proporção de obesidade abdominal, sobretudo nos homens. Desta forma, a utilização do IST pode constituir uma boa ferramenta para estimativa do risco, mesmo em sujeitos ainda não obesos, auxiliando na prevenção e na elaboração de programas de intervenção que incluam exercícios físicos e orientações dietéticas.

Palavras chave: Gordura corporal, doenças crônicas, sobrepeso, obesidade, dobras cutâneas.

Abstract
Palavras Chave

Roberto Fernandes da Costa, Mauro Guiselini, Daniel Rodriguez; Mauro Fisberg.

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