CONFLITOS DE GÊNERO NA ESCOLA: UM OLHAR ATENTO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Giliane Duarte de Almeida
O estudo em questão destina-se à reflexão sobre os conflitos de gêneros presente nas aulas de Educação Física escolar, tendo como objetivo investigar se há um avanço de práticas pedagógicas não sexistas, que contribuam para uma equidade de oportunidades, favorecendo a coeducação. Foi aplicado um questionário com seis questões fechadas, à amostra total de 57 professores de Educação Física, e acrescida a pesquisa de Almeida (2013), realizada com os alunos de 9 dos 57 professores entrevistados. Constatou-se que práticas sexistas encontram-se presentes nas aulas de Educação Física escolar, visto que há professores que lecionam suas aulas proporcionando pouca oportunidade de convivência entre o masculino e o feminino e que diversificam as atividades segundo o sexo da criança. Contudo, práticas não sexistas foram evidenciadas em maior proporção, visto que a maior parte dos professores alega que meninas e meninas fazem aulas sempre juntos, ou na maioria das vezes juntos, que geralmente o conteúdo não é diversificado, que incentivam a prática conjunta, ou ao menos agem indiferentes, sem proibições, não determinam separação de espaços, e afirmam que a cobrança em relação a participação na aula é a mesma para ambos os sexos. Conclui-se a coeducação deva ser o modelo adotado nas aulas de Educação Física, para tanto é imprescindível que os docentes de Educação Física reflitam sobre os conflitos de gêneros presentes em suas aulas e intervenham a favor de uma equidade de oportunidades.
Palavras-chave: Educação Física escolar. Prática pedagógica. Sexismo.
Giliane Duarte de Almeida