O SEXISMO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DOS 6º ANOS DA DIRETORIA REGIONAL DE GUARULHOS SUL
Giliane Duarte de Almeida
O presente estudo analisa o sexismo na prática pedagógica dos professores de Educação Física. Configurou-se como objetivo de pesquisa, identificar a existência de práticas sexistas e não sexistas, nas aulas de Educação Física nos 6º anos do ensino fundamental, nas escolas públicas estaduais da Diretoria Regional de Ensino Guarulhos-Sul. Para este propósito realizou-se uma pesquisa de campo, do tipo Quantitativa – Descritiva. Foi aplicado um questionário com seis questões fechadas, à amostra de 579 alunos, dos 6º anos (5º série) do ensino fundamental, de ambos os sexos, com idades entre 10 e 14 anos, matriculados em escolas pertencentes a Diretoria Regional de Guarulhos Sul, de um total de 7.052 alunos que encontram-se matriculados nesta Diretoria no ano de 2011. Constatou-se que segundo 64% (n=369) dos entrevistados, meninos e meninas realizam aulas juntos somente algumas vezes ou sempre separados, já quanto à diversificação do conteúdo os discentes apontaram não sofrer tanta alteração, conforme responderam 73% (n=418). Em relação ao incentivo na prática conjunta, 53% (n=304) dos discentes consideram que seu (sua) professor (a) de Educação Física adota uma postura indiferente. Em se tratando da ocupação da quadra nos momentos livres, 76% (n=442) dos entrevistados relatam que o docente não determina que uma parte da quadra seja ocupada somente por meninas e a outra somente por meninos. Quanto à cobrança na participação, 83% (n=480) dos entrevistados consideram que é a mesma para ambos os sexos. Verificou-se que há indícios de práticas sexistas, no entanto, também foram encontradas práticas não sexistas, conclui-se então que há um avanço por parte dos professores em defender aulas co-educativas, contudo, ainda há um longo caminho para se chegar a co-educação.
Palavras-chave: Educação Física escolar. Prática pedagógica. Sexismo.
Giliane Duarte de Almeida
