BIBLIOTECA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS

Débora Faria Campos, Camila Castro Rocha, Juliana Fernandes Filgueiras Meireles, Clara Mockdece Neves, Maria Elisa Caputo Ferreira

Profissionais da área da saúde tendem a sofrer maior influência da mídia e podem estar mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos alimentares. O objetivo do presente estudo foi comparar o comportamento alimentar e a internalização midiática entre graduandos dos cursos de Educação Física e Nutrição, bem como verificar a relação existente entre os fatores da influência midiática e o comportamento alimentar em ambos os cursos da área da saúde. A amostra contou com 148 graduandos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, de uma universidade pública da cidade de Juiz de Fora/MG. Foram utilizados como instrumentos de avaliação o Sociocultural Towards Appearence Questionnaire-3; Eating Attitudes Test-26; e um questionário sociodemográfico, a avaliar a influência midiática, os comportamentos alimentares e dados pessoais (idade, massa corporal e estatura), respectivamente. Os resultados apontaram que os estudantes de Educação Física obtiveram uma maior média de idade, e os de Nutrição maiores médias do EAT-26, do SATAQ-3 total e do SATAQ-pressão. Ao identificar as relações entre o SATAQ-3 e suas subescalas e o EAT-26, para os estudantes de Educação Física o EAT-26 aproximou-se mais do SATAQ-internalização geral, seguido por SATAQ-pressão, SATAQ-total e SATAQ-internalização atlética. Já para os graduandos do curso de Nutrição, o EAT-26 esteve mais fortemente relacionado ao SATAQ-pressão, SATAQ-total e SATAQ-internalização geral. Discussões a respeito da pressão cultural direcionada a adesão de um ideal corporal devem ser incentivadas nesse público já que se tratam de futuros profissionais que atuarão na área da promoção da saúde.

Palavras-chave: Mídia. Comportamento Alimentar. Educação Física. Nutrição.

Débora Faria Campos, Camila Castro Rocha, Juliana Fernandes Filgueiras Meireles, Clara Mockdece Neves, Maria Elisa Caputo Ferreira