COMO ADOLESCENTES PERCEBEM BARREIRAS E FACILITADORES PARA PRATICAR ATIVIDADES FÍSICAS: INTERPRETAÇÃO PELAS LENTES DA TEORIA DA AUTOEFICÁCIA
Bruno dos Santos Gouvêa, Bruno Rodrigues Dias, Kátia Regina Xavier da Silva, Thaís Porto Amadeu.
O objetivo deste estudo foi investigar que fatores atuam como barreiras e facilitadores na construção de crenças de autoeficácia de adolescentes para praticar atividades físicas (AF). Foram realizadas sete rodas de conversa com 30 participantes (14 a 18 anos) do Ensino Médio de um Colégio Público Federal. Com auxílio do software IRAMUTEQ, empregou-se análise de conteúdo para interpretar as falas com uma categorização mista: a priori (baseadas na teoria da autoeficácia); a posteriori (falas emergentes). Foram identificadas quatro categorias: experiências prévias de AF; barreiras para praticar; estratégias e facilitadores; influência do ambiente das aulas na prática de AF no lazer. Foram mencionadas barreiras pessoais cognitivas (críticas ao corpo); ambientais (atividades curriculares) e estruturais (violência). Alguns facilitadores relatados para superar barreiras foram ter rede de apoio social familiar (financeiro) e acesso a equipamentos de lazer. Palavras de incentivo, oportunidades para desenvolver habilidades novas, autonomia discente e ambiente acolhedor foram estratégias docentes para aumentar engajamento e crenças de autoeficácia para praticar AF em momentos de lazer. Sugere-se a adoção de uma escuta sensível no ensino do tema AF de modo multidimensional na escola, envolvendo aspectos psicossociais (autoeficácia autorregulatória para superar barreiras) e socioestruturais (ensinar o que são barreiras e estratégias para superá-las).
Palavras-chave: Atividade física. Adolescente. Autoeficácia.
Bruno dos Santos Gouvêa, Bruno Rodrigues Dias, Kátia Regina Xavier da Silva, Thaís Porto Amadeu.
