AUTOEFICÁCIA DE PROFESSORES NO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA AUTISTAS: UM ESTUDO DE CASO DAS ASSOCIAÇÕES DE AMIGOS DO AUTISTA (AMA) DA REGIÃO SUL DO BRASIL.
Ana Cláudia Cesário Marchiotto, Marcelen Lopes Ribas, Marcos Roberto dos Santos, Luciane Cristina Arantes.
O objetivo deste artigo foi compreender as crenças de autoeficácia de professores de Educação Física que atuam com pessoas com Trantorno do Espectro Autista. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa, tendo sido utilizado o Instrumento A Autism Self-Efficacy Scale for Teachers (ASSET). Os dados foram organizados por meio da análise de conteúdo de Bardin (1991) a partir da Teoria da Autoeficácia de Bandura (1994). Os resultados indicaram que os professores e professoras apresentam conhecimento de conteúdo. No que se refere à categoria - Sentimentos em relação ao trabalho – verificou-se a sensação de amor pelo trabalho e enfrentamento às dificuldades. No manejo e aprendizagem e desenvolvimento do aluno, demonstraram desejo em contribuir e ajudar o aluno e buscam diferentes formas ou materiais, teóricos e práticos, para subsidiar suas práticas. Na dimensão - Prática Pedagógica – observa-se investimentos por parte dos professores e professoras diante da adaptação do aluno com autismo. Foram destacados, os períodos que o aluno fica fora da escola como fatores “desorganizadores” da rotina diária, impactando diretamente na qualidade da permanência da criança na escola. No que diz respeito ao apoio que os professores e professoras recebem, verifica-se que, em relação à escola, o apoio está vinculado com a equipe multidisciplinar, visto que a direção da AMA é conduzida por pais de alunos com autismo, levando os profissionais a se comunicarem entre eles em relação a casos específicos ou dificuldades encontradas. Os resultados permitiram concluir que os professores e professoras se sentem autoeficazes no ensino de pessoas autistas.
Palavras-chaves: Autismo. Professores e professoras de Educação Física. Autoeficácia. Associação de Amigos do Autista (AMA).
The objective of this article was to understand the self-efficacy beliefs of three Physical Education teachers who work with people with Autistic Spectrum Disorder. The research was characterized as qualitative, using the Autism Self-Efficacy Scale for Teachers (ASSET) instrument. Data were organized using Bardin's (1991) content analysis based on Bandura's Theory of Self-Efficacy (1994). The results indicated that teachers have content knowledge. Regarding the category - Feelings about work - there was a feeling of love for work and coping with difficulties. In the handling and learning of the student, they showed a desire to contribute and help the student and look for different forms or materials, theoretical and practical, to subsidize their practices. In the dimension - Pedagogical Practice - investments by the teachers are observed in the adaptation of the student with autism. The periods when the student is out of school were highlighted as "disorganizing" factors of the daily routine, directly impacting the quality of the child's permanence in school. With regard to the support that teachers receive, it appears that, in relation to the school, support is still linked to the multidisciplinary team, since the direction of the AMA is led by parents of students with autism, leading professionals to communicate with each other regarding specific cases or difficulties encountered. The results allowed us to conclude that teachers feel self-effective in teaching autistic people.
Keywords: Autism. PE. Self-efficacy. teachers. Association of Friends of the Autistic (AMA).
Ana Cláudia Cesário Marchiotto, Marcelen Lopes Ribas, Marcos Roberto dos Santos, Luciane Cristina Arantes.
