O IMPACTO DA VIOLÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: PERCEPÇÃO DE PROFESSORES DE SÃO JOSÉ - SC
Gilmar Staviski, Whyllerton M. da Cruz, Guilherme Martins da Silva, Feliciano S. Menezes Filho.
Este estudo tem como objetivo investigar a violência no âmbito da Educação Física Escolar através da percepção dos professores desta disciplina, bem como, verificar se a mesma interfere negativamente na sua ação pedagógica. Fizeram parte deste estudo 39 professores de EF de 12 instituições diferentes, com idade média de 37 anos (- 23 / + 52), dos quais 22 são do sexo masculino e 17 do sexo feminino, todos professores de escolas públicas municipais e estaduais do Município de São José – SC. Para identificar a percepção dos professores de EF em relação à violência no âmbito escolar, foi construído um questionário especificamente para este estudo. Este instrumento é composto por 25 questões (abertas e fechadas) e abordou principalmente os aspectos relacionados à existência da violência, tipos de violência, interferências geradas pela violência e as intervenções dos professores em suas aulas. Em sua maioria os professores responderam já ter presenciado algum tipo de violência realizada por alunos dentro da escola, mas consideraram seu ambiente de trabalho com periculosidade inexistente a razoável. A violência mostrou interferir negativamente os professores, uma vez que alguns revelaram medo em desenvolver suas atividades em conseqüência da violência. O professor de Educação Física possui uma posição vantajosa quando se pensa em ações de prevenção à violência, pois lida com os alunos de forma mais prazerosa e livre, tendo o contato corporal e o movimento como ferramentas importantes para conquistar seus objetivos, mesmo que muitas vezes coagido por um fenômeno que se mostra mais forte do que ele.
Palavras chave: Educação Física, professor, violência, escola.
Gilmar Staviski, Whyllerton M. da Cruz, Guilherme Martins da Silva, Feliciano S. Menezes Filho.