AVALIAÇÃO DA FORÇA DE PREENSÃO MANUAL DE UMA AMOSTRA DE POLICIAIS CIVIS: DADOS DESCRITIVOS PRELIMINARES
Alexandre Ortiz Ferreira; Marcus Levi Lopes Barbosa; Ricardo Hugo Gonzalez; Carlos Adelar Abaide Balbinotti; Marcos Alencar Abaide Balbinotti.
Nos últimos quarenta anos, tem-se observado um crescente número de publicações a respeito da força de preensão manual a partir de diversas amostras. Não foram localizados, entretanto, estudos específicos sobre os policiais civis do Brasil. O objetivo geral deste estudo é explorar esses parâmetros de força na população mencionada. Especificamente, buscou-se comparar os parâmetros de força com outros estudos. Para tanto, utilizou-se uma amostra de 122 policiais do sexo masculino, com idades variando de 26 a 62 anos (Média=41,63; DP=7,58), que realizaram um teste de preensão manual, sendo anotado o maior valor encontrado, com um dinamômetro manual marca Takei. Para a análise dos resultados, utilizaram-se estatísticas descritivas em quatro vieses específicos (distribuição, dispersão, tendência central e não central). As médias variaram relativamente pouco quando observamos a mão dominante e não dominante (variações de 2,75 kgf), concordando com a literatura. Quanto à distribuição, verificou-se a aderência à normalidade, assimetria e achatamento das distribuições de dados. Os resultados das médias de força de preensão manual, quando comparados com aqueles encontrados em outros estudos, mostram policiais com valores nominais acima da média. É interessante observar também, que as médias de idade dos indivíduos deste estudo (41,63) estão no limite considerado de maior pico da força de preensão de mão, em comparação com outros estudos. Realizadas e discutidas as estatísticas descritivas, foram efetuados os cálculos para comparações das médias entre MD e MND. Para tanto se utilizou o teste t pareado, de forma a comparar as duas variáveis. O resultado (t (75) = 8,133; p < 0,001) indicou que as diferenças são altamente significativas (p < 0,01). Esse resultado concorda com a literatura no que diz respeito à maior força de preensão manual na mão dominante. Conclui-se que o policial civil possui maior força de preensão manual em comparação com outros estudos, talvez em razão do uso freqüente da arma de fogo, entretanto, novos estudos deverão ser realizados com outras amostras.
Palavras chave: Força de Preensão Manual, Dinamômetro, Policiais Civis, Dados Descritivos.
Alexandre Ortiz Ferreira; Marcus Levi Lopes Barbosa; Ricardo Hugo Gonzalez; Carlos Adelar Abaide Balbinotti; Marcos Alencar Abaide Balbinotti.