ASSOCIAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E MOTRICIDADE DE ESCOLARES DE BAIXA RENDA
Renata Wassmansdorf, Flavia de Oliveira Corso, Julio Cesar Bassan, Keith Sato Urbinati.
A atividade física pode ser mensurada através da quantidade de gasto energético, mas a condição motora e ou cognitiva não podem ser associadas. O presente estudo teve o intuito de verificar a associação entre o gasto energético e o desenvolvimento motor de escolares de 8 a 9 anos, pertencentes a rede municipal de ensino integral, na cidade de Curitiba – PR. A amostra se constituiu em total de 44 escolares, 22 do sexo masculinos e 22 do sexo feminino, de nível sócio econômico baixo. Para identificar o nível sócio econômico foi utilizado o questionário de ABEP (2003) e para verificar o gasto calórico, foi utilizado o questionário recordatório de Bouchard (1983), composto da análise de um dia do final de semana e dois dias da semana. Para avaliar o desenvolvimento motor, foi utilizado a EDM (Escala de Desenvolvimento Motor) proposta por Rosa Neto (2002). Utilizou-se análise descritiva com média, desvio padrão, valores mínimos e máximos da variável de atividade física, valores percentuais para nível sócio econômico e variáveis motoras. Para verificar qual o dia da semana mais ativo utilizou-se da análise de variância (p≤0,05). Para associação da atividade física com sexo, motricidade global, organização espacial e lateralidade foi utilizado teste X² (p≤0,05) com software SPSS 15. O gasto energético apresentou valores maiores nos finais de semana comparados aos dias de semana. Aproximadamente 77% atingiram a pontuação para motricidade global e 25% atingiram os níveis de organização espacial para a idade motora desejável. A lateralidade mostrou-se estar definida para a maior 93% da amostra. Podemos concluir que a escola proporciona atividades hipocinéticas para as crianças. No entanto, a média total do gasto energético mostrou-se acima da média de outros estudos. Assim podemos concluir que as atividades que possuem gasto energético, mas que não são orientadas podem não trazer benefícios para a organização espacial das crianças.
Palavras-chave: atividade física, desenvolvimento motor, motricidade global, organização espacial, lateralidade.
Renata Wassmansdorf, Flavia de Oliveira Corso, Julio Cesar Bassan, Keith Sato Urbinati.