DIFERENÇAS NAS CAPACIDADES MOTORAS ENTRE AS POSIÇÕES DOS JOGADORES DE FUTEBOL DA CATEGORIA INFANTO-JUVENIL DO CENTRO DE FORMAÇÃO ESPORTIVA DE BOM JESUS – GO
Veridiane Dias Parreira, Teila Cristina Carneiro, Lucelino de Medeiros, Luismar Tavares, Luiz Fernando Gouvêa-e-Silva
O futebol é uma modalidade esportiva com constantes mudanças de atividades e exige que o atleta esteja apto a reagir aos mais diferentes estímulos. O objetivo do presente estudo foi identificar e comparar quais são as capacidades motoras mais solicitadas em cada posição do futebol em jogadores infanto-juvenil. A amostra foi constituída por 25 meninos participantes do Centro de Formação Esportiva da cidade de Bom Jesus/GO. Os voluntários possuíam idades entre 14 e 16 anos e uma experiência mínima de 6 meses no Centro. Os mesmos foram divididos em 5 grupos de acordo com as posições (goleiro – GO; lateral – LA; atacante – AT; zagueiro – ZA; meio-campo – MC), tendo cada grupo 5 participantes em cada. Os voluntários realizaram o teste de corrida de uma milha, para identificar o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), o protocolo do limiar anaeróbio individual (IAT), para demonstrar a capacidade anaeróbia, e a bateria de testes de Mor-Christian de habilidade e destrezas gerais no futebol, em que verificamos as habilidades de chute, passe e drible. A análise dos dados foi realizada com do test-t para amostra independentes, através do software RAPHPAD PRISM, e o nível de significância foi de p<0.05, para aceitar as diferenças entre as médias dos grupos. Conforme os testes realizados, encontramos como resultados que os AT apresentam melhor VO2máx que os ZA e os GO (p=0.0284 e p=0.0045, respectivamente), e os LA também têm maior VO2máx que os GO (p=0.038). Com relação ao IAT, observamos que os AT apresentam essa capacidade melhor que os LA, GO, ZA e MC (p=0.0101, p<0.0001, p=0.0001 e p=0.0052, respectivamente), como também os LA e MC em relação aos GO (p=0.0123 e p=0.0324, respectivamente). Os testes de habilidades específicas demonstraram que o drible é melhor tanto no LA como no AT em relação aos ZA e GO (LA, p=0.0015 e p=0.0034; AT, p=0.0023 e 0.0046, respectivamente). Os MC também foram melhores no drible que os ZA (p=0.0389). Os AT foram melhores que os ZA e GO no passe (p=0.0023 e p=0.0004, respectivamente) e no chute (p=0.0183 e p=0.0036, respectivamente). Já os LA e MC são melhores que os GO no passe (p=0,0302 e p=0.0116, respectivamente) e apenas os MC são melhores que os ZA e os GO no chute (p=0.0216 e p=0.0039, respectivamente). Conforme os métodos adotados, podemos concluir que os AT são melhores em todas as capacidades estudadas que os ZA e GO e apenas no IAT são melhores que os MC e LA. Os LA só não são melhores que os GO no teste de chute e os MC são melhores no IAT, no passe e no chute que os GO. Palavras chave: Posições do futebol, consumo máximo de oxigênio, limiar anaeróbio individual, passe, chute; drible.
Veridiane Dias Parreira, Teila Cristina Carneiro, Lucelino de Medeiros, Luismar Tavares, Luiz Fernando Gouvêa-e-Silva
