CONCORDÂNCIA ENTRE DOBRAS CUTÂNEAS E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL NA DETECÇÃO DE SOBREPESO EM CRIANÇAS DO SEXO MASCULINO DA CIDADE DE BELO HORIZONTE, BRASIL
Vitor Honorato Marques, Fernando Gripp, Ana Cristina R. Lacerda.
O aumento na prevalência e na severidade da obesidade pediátrica acompanha o desenvolvimento precoce de doenças crônicas degenerativas. O índice de massa corporal (IMC) e a medida das dobras cutâneas são técnicas utilizadas para detectar e quantificar o nível de gordura corporal. Considera-se como sobrepeso o IMC acima do percentil 85 para a idade e sexo. A classificação do percentual de gordura corporal como sobrepeso pelo método de dobras cutâneas, utilizando o percentil 85 como ponto de corte poderia confirmar o diagnóstico de sobrepeso. O objetivo do trabalho foi estimar um valor de referência de dobras cutâneas para classificar o percentual de gordura corporal como sobrepeso, bem como verificar o nível de concordância entre o valor de referência estimado pelo método de dobras cutâneas e o índice de massa corporal na detecção de sobrepeso em crianças do sexo masculino da cidade de Belo Horizonte, Brasil. A amostra foi composta por 757 crianças do sexo masculino, com idade entre 9 e 11 anos. O percentil 85 para idade e sexo foi usado como ponto de corte para estimar o valor de referência de dobras cutâneas para sobrepeso. O IMC foi medido e analisado em relação aos critérios de referência propostos por Cole et al. (2000). O nível de concordância entre os métodos foi avaliado pelo teste McNemar, com nível de significância de 5%. Os dados sugerem que os critérios adotados nesse estudo para classificar os meninos em normais e sobrepeso são concordantes. Novos estudos comparando este ponto de corte para dobras cutâneas com uma técnica considerada padrão-ouro são necessários para validar o valor de referência (28,93 %) como ponto de corte para sobrepeso na população estudada.
Palavras-chave: gordura corporal, crianças, índice de massa corporal, dobras cutâneas, critério de referência
Vitor Honorato Marques, Fernando Gripp, Ana Cristina R. Lacerda.