HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO EM HIPERTENSOS SUBMETIDOS A EXERCÍCIO EM DIFERENTES MOMENTOS DO DIA
Naiane Ferraz Bandeira Alves, Suênia Karla Pacheco Porpino, Ristênio Galdino de Araújo, Layara Moura Guedes, Alexandre Sérgio Silva.
O exercício físico é reconhecido como um dos principais tratamentos para a hipertensão arterial. No entanto, dentre as várias funções fisiológicas, a pressão arterial (PA) apresenta variações circadianas que pode sofrer oscilações durante 24 horas. Nesse sentido, possíveis diferenças na resposta pressórica ao exercício em relação à hora do dia ainda não têm sido bem evidenciada. O objetivo desse estudo foi investigar a resposta hipotensora pós-exercício (HPE) entre indivíduos hipertensos, em três horários diferentes ao longo de um dia. Participaram do estudo cinco indivíduos hipertensos fisicamente ativos com idade média de 58,0 anos (± 5,4). Os indivíduos realizaram três sessões de caminhada em esteira ergométrica, mantendo a mesma velocidade em cada uma das sessões, com a intensidade mantida entre 60 e 85% da freqüência cardíaca máxima de reserva. As sessões foram realizadas às 06:00h (EX6), 09:00h (EX9) e 18:00h (EX18), em dias diferentes e com intervalo de 48 horas entre as mesmas. A PA foi verificada antes do exercício, durante e aos 10, 20 e 30 minutos de recuperação após o exercício. No procedimento EX18, observou-se maiores aumentos da PA sistólica (PAS) do que em EX6 e EX9 durante o exercício. Durante a recuperação, a PAS respondeu ao procedimento EX18 com elevação de seus valores em relação aos valores basais (126,2 mmHg basal e 135,2, 129,2 e 127,2 nos três momentos em que foi medida no período de recuperação). Enquanto isso, em EX6 (129,2 mmHg basal e 132,8, 128,4 e 126 na recuperação) e EX9 (119,2 mmHg basal, 114,4, 118 e 111,6 na recuperação), observou o fenômeno da HPE. Quanto à PA diastólica, observaram-se ausências de HPE em EX9 e EX18 e uma discreta redução em EX6 (86 mmHg basal e 83,2, 816 e 82,8 mmHg na recuperação). No entanto, o teste estatístico revelou que não ocorreram diferenças significativas entre a magnitude da variação da PA do repouso para os momentos pós-exercicio em nenhum dos momentos do dia. Conclui-se que o fenômeno da (HPE) não apresentou variações circadianas nos três horários distintos, mas os dados desse estudo chamaram atenção para uma tendência de menor efeito hipotensor do exercício quando realizado ao final do dia.
Palavras-chave: Exercício físico, hipotensão pós-exercício, ritmo circadiano.
Naiane Ferraz Bandeira Alves, Suênia Karla Pacheco Porpino, Ristênio Galdino de Araújo, Layara Moura Guedes, Alexandre Sérgio Silva.