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ANSIEDADE-TRAÇO EM NADADORES PARAOLÍMPICOS: UM ESTUDO COMPARATIVO

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Autor(es)

Ingrid Ludimila Bastos Lôbo, Luiz Carlos Couto de Albuquerque Moraes, Luciana Alves da Silva, Renato Melo Ferreira e Hugo Andreotti Ricaldoni.

Resumo

Os esportes paraolímpicos têm crescido muito nos últimos anos, sendo fundamental compreender as diferentes emoções que interferem no desempenho dos atletas. A ansiedade que é um estado emocional negativo pode influenciar diretamente o comportamento, através de manifestações cognitivas e somáticas. Dessa forma, é importante identificar o nível de ansiedade-traço do atleta para prever possíveis alterações do desempenho esportivo. O presente estudo objetivou analisar a ansiedade-traço em nadadores paraolímpicos, bem como traçar um perfil de diferentes níveis de ansiedade do grupo, comparando-os entre gêneros, nível de experiência e desempenho. Participaram desta pesquisa 29 nadadores de alto nível, portadores de deficiência física, sendo 24 do sexo masculino e 5 do sexo feminino. A coleta foi realizada fora do ambiente competitivo, devido à dificuldade de reunir os nadadores numa mesma competição. O desempenho considerado na pesquisa refere-se aos melhores resultados alcançados nos últimos dois anos que antecederam a coleta de dados, nos torneios nacionais e internacionais, incluindo a classificação obtida nos Jogos Paraolímpicos de Sydney-2000. O instrumento utilizado foi o “Inventário de Competição de Traço (ICT)”, que é baseado em itens de medidas de autorrelato, que avaliam o grau de nervosismo e ativação. Os dados foram analisados pelo programa SPSS 15.0 for Windows, através do teste ANOVA, do cálculo das médias, e da correlação de Pearson. A média geral da ansiedade-traço do grupo (N=29) foi de 20,59, sendo classificada como ansiedade-traço moderada. Na comparação entre os níveis de ansiedade-traço entre gêneros, não foram encontradas diferenças significativas. Em relação ao tempo de experiência, a amostra foi dividida em dois grupos: Experientes (mais de 96 meses de prática) e Não-Experientes (96 meses ou menos de prática). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos mais e menos experientes, sendo ambos classificados como ansiedade-traço moderada. Os atletas que atingiram os melhores desempenhos (N=8) apresentaram média de ansiedade-traço significativamente menor que os demais (N=21), sendo respectivamente 18,88 e 21,24. Aplicou-se também a correlação de Pearson na comparação entre ansiedade-traço e desempenho, sendo confirmados os resultados. Sugere-se que mais estudos sejam realizados sobre a ansiedade e desempenho com atletas portadores de deficiência física, principalmente no momento que antecede a competição, visando a construção de um banco de dados, com informações necessárias para o contínuo aprimoramento do esporte nessa área, beneficiando atletas e técnicos.

 Palavras chave: Ansiedade traço, desempenho esportivo, atletas portadores de deficiência física.

Abstract
Palavras Chave

Ingrid Ludimila Bastos Lôbo, Luiz Carlos Couto de Albuquerque Moraes, Luciana Alves da Silva, Renato Melo Ferreira e Hugo Andreotti Ricaldoni.

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