O DISCURSO MIDIÁTICO DOS JOGOS PAN-AMERICANOS RIO/2007 E A CANDIDATURA AOS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016: O “TRAMPOLIM” DO BRASIL
Guilherme Ferreira Santos.
A escolha para o local de realização dos Jogos Olímpicos de Verão é feita sete anos antes da data do evento. Porém, é ainda mais cedo que os países com interesse em sediar tal acontecimento se candidatam e fazem um “jogo” político em torno da “campanha”. O presente artigo tem como objetivo central, então, analisar e compreender a configuração do discurso televisivo da Rede Globo de Televisão na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-americanos do Rio – 2007 no que se refere à ideia de “nível olímpico de organização”. Para isso, utilizaremos a Análise Crítica do Discurso. Dentro dessa teoria o discurso constitui simultaneamente “três dimensões que se inter-relacionam: texto, interação (prática discursiva) e contexto (prática social)” (FAIRCLOUGH, 1992 apud GOMES, 2007, p. 16). Dessa forma, o discurso, como materialidade linguística, situa-se num espaço tridimensional e toma forma nas práticas sociais e discursivas. Diante desses objetivos, abordamos aqui o referencial de Bourdieu (1997), que dá contribuições acerca dos Jogos Olímpicos e suas imbricações com a TV, o que é bastante pertinente para este trabalho já que pretende-se estudar um evento que tem como molde tais jogos. Após a análise, concluímos que a citada emissora de TV lança discursos que foram a favor ou que agiram em prol de uma especificidade: o desejo de uma possível realização de uma edição dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Porém, para que a concretização desse “sonho”, é essencial um “ trampolim” que impulsione algo, que leve algo, como num passe de mágica, de um lugar a outro, de uma condição à outra: esse trampolim representa a realização (com sucesso) dos Jogos Pan-americanos no Rio.
Palavras chave: Jogos Pan-americanos, discurso, Jogos Olímpicos, Rede Globo.
Guilherme Ferreira Santos.
