EXPRESSÕES, MOVIMENTOS, RITMOS E SONS DA REDE: A DANÇA E SEUS ESPAÇOS QUANTO FORMA DE LINGUAGEM
Ana Paula Almeida Alves
Reconhecer a dança como conhecimento é essencial para uma educação que se propõe social em um mundo enraizado por dicotomias como: corpo/intelecto, mental/manual, ciência/arte. Desde 1996 a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME) apresentou uma nova proposta de política educacional intitulada Multieducação, onde em seu Princípio Educativo de Cultura e Linguagem abriu espaço para que a escola proporcionasse a democratização do acesso às múltiplas linguagens que constroem um cidadão e o livre manifestar das diferenças, com lugar especial para o ensino da dança como forma de aprendizagem.Objetivando estimular esta construção crítico-reflexiva através de múltiplas formas de conhecimento, além da verbal, a SME desenvolve projetos culturais, relacionados à dança, com e no chão das escolas como: Orquestra de Vozes Meninos do Rio, Escola de Bamba, Mostra de Dança e Ciranda de Espetáculos. Para verificar como estes projetos acontecem nas escolas e que fatores influenciam nessa execução, fazendo com que a teoria da Multieducação se torne uma prática real, uma pesquisa de campo, por observação participante foi desenvolvida em duas escolas com realidades bem distintas, acompanhando o processo de construção destes projetos durante o ano letivo de 2004. Entre o pensar e o fazer há uma infinidade de fatores que influenciam o movimento dialético entre teoria e prática como questões espaciais e a sua falta de manutenção, o trabalho de apoio diferenciado nas unidades escolares com relação aos projetos culturais e a própria motivação interna para um fazer pedagógico diferenciado entre escolas de uma mesma rede que se apóia em uma única política educacional. Palavras chave: Dança, escola, múltiplas linguagens, política educacional.
Ana Paula Almeida Alves
