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ANÁLISE DO EFEITO DO EXERCÍCIO DE NATAÇÃO SOBRE O OSSO COMPACTO E ESPONJOSO DE RATAS COM OSTEOPOROSE ATRAVÉS DA MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

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Autor(es)

Sueli Nicolau Boaro, Carlos Alberto Anaruma.

Resumo

A osteoporose pode ser caracterizada por um distúrbio metabólico que atinge ambos os sexos e nas mulheres é agravada pela menopausa. Dentro da doença existe um equilíbrio negativo entre a formação do osso, pelos osteoblastos e a sua absorção, pelos osteoclastos. A prática da atividade física em programas periódicos e supervisionados tende a prevenir ou retardar os feitos da osteoporose. Para as pessoas fragilizadas pela doença é recomendado exercício de baixo impacto no meio líquido, o que minimiza os efeitos da gravidade, um dos principais estímulos para a recuperação da densidade óssea. É objetivo deste trabalho avaliar, em um protocolo com animais experimentais, se o exercício de natação pode ser indicado na prevenção e controle da osteoporose. Ao verificarmos a eficácia do protocolo de treinamento proposto, com a análise morfo-quantitativa da espessura da parede da diáfise do fêmur e das trabéculas do osso esponjoso em seu interior, esperamos estar contribuindo com os educadores físicos para a escolha racional de um exercício preventivo para esta doença. Para tal, utilizamos 20 ratas Winstar com 90 dias de idade, no início do experimento, alimentadas com ração balanceada e água "ad libitum", mantidas em gaiolas coletivas, à temperatura ambiente e fotoperíodo de claro/escuro de 12 horas. As ratas foram separadas nos grupos: sedentário controle (S), treinado controle (T), sedentário ovariectomizado (SO) e treinado ovariectomizado (TO). As ratas do grupo T, foram submetidas ao exercício de natação, com carga de 5% do peso corporal, durante 8 semanas. A indução da menopausa, 5 semanas antes do início de experimento, foi feita pela ovariectomia. Após o período de treinamento colheu-se uma amostra do terço médio do fêmur das ratas que foram fixados e preparados para a observação em Microscópio Eletrônico de Varredura Philips do Laboratório de Microscopia Eletrônica do IB - RC. A espessura média da diáfise do fêmur das ratas do grupo TO apresentou uma diminuição significativa (P<0,05), quando comparado à espessura do osso das ratas controle dos grupos S e T e das ratas sedentárias ovariectomizadas, SO. A análise morfológica do osso esponjoso localizado na cavidade óssea mostra que quando comparado ao grupo T, os ossos dos grupos TO e S apresentaram marcante diminuição da espessura e da quantidade das trabéculas. Já nos ossos do grupo SA, o osso esponjoso estava totalmente ausente. Observamos que existe relação direta entre a espessura da parede da diáfise do fêmur e a presença de osso esponjoso no interior da cavidade óssea, ou seja, nos animais sedentários, onde a espessura é ligeiramente maior do que a espessura dos ossos das ratas treinadas, o interior do osso não apresentava o osso esponjoso. Já nas ratas treinadas, apesar de apresentarem espessura menor na epífise, o seu interior estava tomado pelas espículas e trabéculas que formam o osso esponjoso. Este aspecto encontrado nos ossos das ratas treinadas nos leva a acreditar que a resistência a traumas está aumentada, já que neles, podem ser escoadas, com maior eficiência, as forças de tração, compressão e torção à qual o osso é submetido durante as atividades diárias. Concluímos que a natação promove a manutenção da micro-arquitetura do osso, sendo um exercício que poderá ser preconizado para a prevenção de fratura em indivíduos osteoporóticos.  

Palavras chaves: Osso compacto, osso esponjoso, ovariectomia, osteoporose, rata.

Abstract
Palavras Chave

Sueli Nicolau Boaro, Carlos Alberto Anaruma.

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