AUTOAVALIAÇÃO DA SAÚDE E SOBREPESO EM IDOSOS NO MUNICÍPIO DE IBIRITÉ-MG
Vera Lúcia de Freitas, Helbert José Prata do Nascimento, Marcos Borges Junior.
A cada ano aumenta o número de idosos e a maior parte apresenta doenças crônicas não transmissíveis. O grande desafio deste século será cuidar de uma população envelhecida, com insuficiência financeira. A maioria com níveis sócio-econômicos, educacionais baixos e com alta prevalência de obesidade e doenças crônicas. O presente estudo propõe verificar a relação entre a autoavaliação da saúde e o sobrepeso em idosos atendidos pelo programa saúde da família do município de Ibirité/ Minas Gerais. Realizou-se um estudo transversal, descritivo e analítico com 224 idosos. Foi utilizada a proposta de Lipschitz para classificação do IMC (baixo peso - IMC<22 kg/m2, eutrofia - IMC entre 22 e 27 kg/m2 e sobrepeso - IMC>27 kg/m2), que leva em consideração as modificações na composição corporal que ocorrem com o envelhecimento. Para a autoavaliação da saúde, retirou-se uma questão do WHOQOL Bref (Como você avalia seu estado de saúde?). Na análise dos dados, empregaram-se procedimentos da estatística descritiva (média, desvio-padrão) e o teste Qui-quadrado para a análise da associação das variáveis categóricas com p<0,05. Os dados foram tabulados através de ferramentas de informática e analisados pelo pacote estatístico Epi Info versão 3.5.1. Os dados do presente estudo apresentam uma prevalência de sobrepeso de 42%, seguindo de eutrofia 41% e de baixo peso com 17%. O estudo mostrou forte associação da autoavaliação da saúde com o sobrepeso (p = 0, 001). Os idosos que apresentam sobrepeso tende a avaliar a saúde como negativa. A provável explicação para o fato é o impacto que o excesso de peso tem na funcionalidade e independência do idoso, sendo estes fatores determinantes para saúde.
Palavras chaves: Idoso, sobrepeso, autoavaliação da saúde, IMC.
Vera Lúcia de Freitas, Helbert José Prata do Nascimento, Marcos Borges Junior.