A VERGONHA NA ESCOLA: UMA ANÁLISE FENOMENOLÓGICA DOS DISCURSOS DOS ALUNOS
Mariana Cid de Almeida, Luiz Augusto Normanha Lima
Sentir vergonha é algo comum em qualquer idade. Esta pesquisa revela o significado de vergonha para as crianças de uma escola da rede municipal de Valinhos, São Paulo. Considerado o ponto de vista de autores que tratam do tema, a vergonha foi analisada na experiência vivida pelos alunos. O método é o da Pesquisa Qualitativa do Fenômeno Situado, através das análises de cada aluno e, posteriormente, o que se mostra no geral nos discursos. A vergonha está sempre associada ao fracasso, ao errar por incompetência ou desobediência. Assim como mostram os autores consultados, a vergonha, nas crianças analisadas, tem o sentir e o pensar unidos, o racional e o emocional. A vergonha seria como um circuito: o fracasso leva à vergonha e vice-versa. O erro e a incompetência levam à insegurança, ao medo e à vergonha. A vergonha é um componente da aprendizagem e pode se tornar um limitador desta última. As crianças revelam como e quando sentem vergonha. Autores consultados aconselham que a autoconfiança e a crença em ser capaz de realizar a tarefa proposta diminuem a chance do erro e, consequentemente, da vergonha manifestar-se.
Palavras-chave: Vergonha, alunos, fenomenologia.
Mariana Cid de Almeida, Luiz Augusto Normanha Lima