IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS DA MOTIVAÇÃO PARA A COMPETITIVIDADE NA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS DURANTE A ADOLESCÊNCIA
Marcus Levi Lopes Barbosa, Carlos Adelar Abaide Balbinotti, Marcos Alencar Abaide Balbinotti, Ricardo Pedrozo Saldanha, Paulo Henrique Evangelista.
O objetivo deste manuscrito é descrever as implicações pedagógicas das variações dos índices de motivação relacionada à Competitividade para a atividade física durante a adolescência. Além disso, ainda se verificou a existência de diferenças significativas (p < 0,05) entre os níveis de motivação entre os sexos e grupos de idades. Para tanto, foi utilizada uma amostra de 353 adolescentes de ambos os sexos, com idades variando dos 13 aos 20 anos. Como medida da motivação relacionada à competitividade, utilizou-se a dimensão Competitividade do “Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e/ou Esportiva, IMPRAFE-54” (BARBOSA, 2006). A dimensão é composta de 8 itens, respondidos através de uma escala bidirecional, de tipo Likert, graduada em 5 pontos, indo de “isto me motiva pouquíssimo” (1) a “isto me motiva muitíssimo” (5). Cuidados éticos foram tomados de forma que todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As médias encontradas variaram de 17,43 a 27,85 (sabe-se que podiam variar de 8 a 40, com média esperada de 24 pontos). As comparações de médias indicaram que no sexo masculino as médias são estatisticamente (p > 0,05) estáveis e significativamente superiores (p < 0,05) as do sexo feminino dos 13 aos 18 anos e caem significativamente (p < 0,05) dos 19 aos 20 anos, tornando-se estatisticamente (p > 0,05) iguais as do sexo feminino. Já no sexo feminino, as médias permanecem estáveis e abaixo da média esperada durante toda a adolescência. Estes resultados têm importantes implicações pedagógicas que devem ser observadas por professores e pedagogos do esporte ao elaborem suas aulas e treinamentos. No caso de adolescentes do sexo feminino que praticam atividades físicas regularmente, manter o foco das aulas e treinamentos em aspectos Competitivos pode não ser uma maneira eficiente de fomentar a motivação, especialmente no final da adolescência. Quanto ao sexo masculino, atividades competitivas são recomendadas, principalmente até os 18 anos. Recomenda-se que futuros estudos avaliem as implicações pedagógicas de outras dimensões motivacionais.
Palavras-chave: Motivação, competitividade, atividades físicas, adolescentes.
Marcus Levi Lopes Barbosa, Carlos Adelar Abaide Balbinotti, Marcos Alencar Abaide Balbinotti, Ricardo Pedrozo Saldanha, Paulo Henrique Evangelista.