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O PRECONCEITO PERCEBIDO POR HOMENS PRATICANTES DE BALLET CLÁSSICO

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Autor(es)

Cássia Ernani da Silva, Danúbia Marcela Strege, Andrey Portela.

Resumo

O Ballet Clássico nos lembra a bailarina delicada, com sua saia de tütü e sapatilhas de ponta. Porém não é apenas composto por mulheres, os homens também fazem parte desta atividade, muitas vezes não sendo aceitos perante os olhares da sociedade. Conforme Trindade (2005, internet), “dançar em uma sociedade machista como a nossa, ainda é sinônimo de coisa de mulher, coisa de homossexual”. Este estudo teve como objetivo descrever a percepção dos bailarinos sobre a prática do Ballet Clássico e a forma como a sociedade lhes observa, buscando caracterizá-los tanto pelas suas características pessoais, quanto pela dança, além de identificar os fatores que motivaram os bailarinos a iniciarem e permanecerem no ballet. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, aplicada, com característica qualitativa (ANDRADE, 2003; MINAYO, 1994). O estudo foi realizado com homens que praticavam o Ballet Clássico a pelo menos quatro meses, com idades entre 14 e 22 anos, residentes em União da Vitória – PR e Cruz Machado – PR. A amostra do tipo não-probabilística intencional (RUDIO, 1986) contou com 06 bailarinos, no período de outubro e novembro de 2006. Para a coleta dos dados foi utilizada uma entrevista semi-estruturada. Para o tratamento dos dados utilizou-se a estatística descritiva e principalmente análise de discurso. Os resultados indicam que: a média de idade dos bailarinos é de 18,8 anos, 16,66% não estudam e 83,33% estudam. Todos praticam outros tipos de dança e pertencem a uma academia/grupo de dança. Além de outras danças, também afirmaram praticar outras atividades físicas. O principal motivo para iniciarem e permanecerem no ballet foi o gosto por essa dança onde, a média de prátca é de 4 anos e meio, e frequência de três vezes por semana, duas horas por dia. A idade com que iniciaram a prática varia de 10 a 22 anos. Somente um participante tem apoio total da familia para praticar o ballet, enquanto os demais vivenciam a falta de apoio através da indiferença dos pais, ou através de críticas e incentivo para que parem de dançar. Todos relataram ter apoio de seus amigos, independente do sexo. Quanto ao preconceito, 100% dos participantes afirmaram que existe e que pode se manifestar de diferentes formas. Isto varia de acordo com a cultura social de cada grupo e está diretamente relacionado com a educação. Sendo assim, conclui-se que além de uma caracterizção muito particular deste grupo e pelos motivos que os levaram a prática do Ballet Clássico, todos os participantes percebem o preconceito que a sociedade apresenta em relação a homens bailarinos. Palavras chave: Sociedade, preconceito, Ballet Clássico.

Abstract
Palavras Chave

Cássia Ernani da Silva, Danúbia Marcela Strege, Andrey Portela.

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