ANTROPOMETRIA NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE LONDRINA – PR
Felipe Pinheiro de Oliveira, Guilherme Pereira Domingues, Mariana Antas, Rodrigo Moreira Boaventura, Patricia Berbel Leme de Almeida
O sobrepeso e a obesidade em crianças e jovens têm se constituído em importante fator de preocupação na área de saúde pública, pois o excesso de peso e de gordura corporal nos jovens aumenta o risco de apresentarem sobrepeso ou obesidade quando adultos. Estudos relataram que o sobrepeso e a obesidade em idades precoces estão associados ao aparecimento e desenvolvimento de fatores de risco que podem predispor os adultos à maior incidência de distúrbios metabólicos e funcionais. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a antropometria nutricional de escolares do município de Londrina e comparar os índices antropométricos utilizados para a classificação de obesidade e desnutrição em crianças e jovens. Para tanto, foram avaliadas 234 crianças, sendo 117 meninas e 117 meninos, de 6 a 10 anos de idade, todos alunos do Colégio Aplicação da Universidade Estadual de Londrina. Foram avaliados o peso corporal (P), a estatura (E) e a dobra cutânea tricipital (TR); com as medidas de peso e estatura foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). Para análise dos resultados foi utilizado como referencial normativo os indicadores propostos pelo National Center of Health Statistics (NCHS) e pelo Health and Nutrition Examination Survey (NHANESI). Foram consideradas obesas as crianças que estavam acima do 85o percentil e desnutridas as que estavam abaixo do 15o percentil, crianças que se encontravam entre o 15o e o 85o percentil foram consideradas dentro da normalidade. Em relação ao peso corporal, observou-se que 17,95% das crianças estão desnutridas, 32,48% estão dentro da normalidade e 49,57% estão obesas. Em relação ao IMC, 19,23% das crianças estão desnutridas, 41,45% estão dentro da normalidade e 39,32% estão obesas. Em relação à dobra cutânea tricipital, 10,26% das crianças estão desnutridas, 64,96% estão dentro da normalidade e 24,79% estão obesas. Os três índices antropométricos utilizados indicaram que poucas crianças encontram-se desnutridas, ou seja, abaixo do 15o percentil. Em relação ao peso corporal, observou-se que a maioria das crianças estão obesas, já o IMC e a dobra cutânea tricipital indicaram que a maioria das crianças encontram-se dentro da normalidade. Porém, há diferença entre esses dois índices em relação à quantidade de crianças classificadas como obesas ou dentro da normalidade. Em relação ao IMC, 39,32% das crianças são obesas e em relação à dobra cutânea tricipital apenas 24,79% dessas crianças são consideradas obesas; sendo que 41,45 % das crianças estão dentro da normalidade em relação ao IMC e 64,96% dessas crianças estão dentro da normalidade em relação à dobra cutânea tricipital, ou seja, as mesmas crianças podem ser consideradas dentro da normalidade de acordo com o índice antropométrico utilizado como referência, e obesas se considerado outro índice antropométrico. Com isso, concluiu-se que há prevalência de obesidade quando comparada à desnutrição, porém, deve-se levar em consideração o índice antropométrico utilizado como referência.
Palavras-chave: Obesidade, crianças, índices antropométricos.
Felipe Pinheiro de Oliveira, Guilherme Pereira Domingues, Mariana Antas, Rodrigo Moreira Boaventura, Patricia Berbel Leme de Almeida