EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO E DE FORÇA SOBRE A ÁREA DE SECÇÃO TRANSVERSAL )AST) DAS FIBRAS DO MÚSCULO PLANTAR DE RATOS
Ivan José Vechetti Júnior, Andreo Fernando Aguiar, Rodrigo Wagner Alves de Souza, Maeli Dal-Pai-Silva
Pesquisas recentes procuram elucidar os possíveis efeitos de diferentes modelos de treinamento físico sobre as adaptações morfológicas do músculo esquelético. Embora seja relativamente fácil estudar os efeitos do treinamento físico em humanos, tal investigação torna-se limitada devido à natureza invasiva das biopsias musculares e ao risco inerente a utilização de sujeitos humanos. Assim, a aplicação de modelos animais de treinamento vem sendo considerada uma estratégia adequada para o estudo das adaptações musculares em resposta ao exercício físico. Objetivo: Este estudo utilizou um modelo roedor para verificar os possíveis efeitos do treinamento aeróbio e de força sobre a AST das fibras do músculo plantar. Métodos: 24 ratos Wistar machos (80 a 120 dias, 250 a 400 g), foram aleatoriamente divididos em 3 grupos: treinamento aeróbio (TA, n=8), treinamento de força (TF, n=8) e controle (CO, n=8). Os animais dos grupos TA e TF foram submetidos a 8 semanas de treinamento, enquanto os animais do grupo CO permaneceram sem qualquer estímulo do início ao fim do período de treinamento. Ao término do experimento, os animais foram sacrificados e o músculo plantar direito dissecado e removido. Para a análise morfológica e morfométrica das fibras musculares foi realizada a coloração H.E. Resultados: Não houve diferença significante do peso corporal inicial entre os grupos experimentais. Após 8 semanas de treinamento, o grupo TA apresentou redução significante do peso corporal final, comparado aos grupos CO e TF. Com relação à AST das fibras do músculo plantar, não houve diferença significante entre os grupos CO e TA. Por outro lado, o treinamento de força promoveu aumento significante na AST do grupo TF em relação aos grupos CO e TA. Conclusão: O treinamento de força utilizado no presente estudo promoveu aumento na AST das fibras do músculo plantar. Por outro lado, os animais submetidos ao treinamento aeróbio não apresentaram alterações na AST das fibras, entretanto houve redução do PC dos animais. Os dados fortemente sugerem a utilização do modelo animal de treinamento de força empregado no presente estudo como uma estratégia adequada para o estudo da resposta hipertrófica do músculo esquelético.
Palavras- chave: Músculo estriado esquelético, treinamento de força, treinamento aeróbio.
Ivan José Vechetti Júnior, Andreo Fernando Aguiar, Rodrigo Wagner Alves de Souza, Maeli Dal-Pai-Silva