A SUPERSTIÇÃO E A COMPETIÇÃO ESPORTIVA ESCOLAR: UMA VISÃO DE ATLETAS MASCULINOS
Ligia Lopes Rueda Kocian, Christiano dos Santos, Rafael Castro Kocian
O esporte contemporâneo traz consigo uma forte luta pela vitória e consequentemente o aprimoramento das metodologias de treinamento, tático, técnico, físico e psicológico. Junto com esse movimento que é baseado em pesquisas e produção de conhecimento temos o fator superstição, que faz parte não somente da cultura brasileira, mas da cultura esportiva, fazendo com que muitas pessoas acreditem que somente a devoção e o apego a certas crenças resolvam os problemas de uma modalidade esportiva. O objetivo do presente trabalho foi verificar se os atletas escolares masculinos, participantes das Olimpíadas Colegiais do Estado de São Paulo, possuem algum tipo de superstição para a prática esportiva e se acreditam que a superstição interfere no resultado final da partida. Trabalhamos com uma pesquisa do tipo qualitativa balizada pelas Ciências Humanas, como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário aberto que continha um cabeçalho de identificação e três questões mistas, sendo possível assinalar as opções sim, não e às vezes. Nossos sujeitos eram atletas da categoria infantil, participantes da Final Estadual das OCESP (Olimpíadas Colegiais do Estado de São Paulo), que ocorreu no ano de 2009 na cidade de Jaboticabal-SP. Nossos sujeitos eram 40 meninos entre 14 e 17 anos praticantes de voleibol, handebol e futsal. Encontramos que 50% acreditam em alguma superstição, sim ou as vezes, e 50% não acreditam nisso. Cerca de 45% acreditam que a superstição interfere no resultado final da partida e que 92,5% dos treinadores dos sujeitos desenvolvem trabalhos com a psicologia do esporte, mas nenhum voltado a parte de superstição. Podemos concluir que, dentro do universo pesquisado, uma parcela significativa dos atletas acredita em superstição e que esta crença interfere no resultado final, sendo assim é de extrema importância o desenvolvimento de um trabalho voltado à psicologia do esporte.
Palavras-chave: Estados emocionais e movimento, esporte escolar, superstição.
Ligia Lopes Rueda Kocian, Christiano dos Santos, Rafael Castro Kocian
