CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E O TESTE TIMED UP AND GO EM IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS
Luciano da Costa Chagas, Fernanda Santos da Silva, André Gustavo Pereira de Andrade, Marcos Borges Júnior, Vanessa Baliza Dias.
Segundo dados do IBGE, com os avanços da medicina e as melhorias nas condições gerais de vida, a população brasileira passou a ter uma expectativa de vida de 45,5 anos de idade em 1940, para 72,7 anos em 2008, ou seja, houve um ganho de 27,2 anos. Espera-se que com a manutenção e melhoria dessas condições, em 2050, alcançar-se-á o patamar de 81,29 anos. Com este aumento da expectativa de vida se faz necessário o conhecimento sobre o processo de envelhecimento. Uma das principais alterações demonstrada neste processo é a perda da capacidade funcional. Um fator de extrema relevância para esta capacidade é a mobilidade, definida como a capacidade de deslocamento do indivíduo pelo ambiente. Esta é um componente da função física extremamente importante, sendo um pré-requisito para a execução das AVDs e manutenção da independência. O objetivo do presente estudo foi verificar a correlação entre Força de Preensão Manual e o teste “Timed up and go” em idosos fisicamente ativos. Realizou-se um estudo transversal, descritivo e analítico com 75 voluntários, com 60 anos ou mais, fisicamente ativos. Para avaliação da força geral foi realizado o teste de força de preensão palmar através da realização da contração voluntária máxima de preensão palmar, no lado direito e esquerdo dos sujeitos da pesquisa. Para avaliar a agilidade e o equilíbrio dinâmico foi realizado o teste “Timed up and go” (TUG). Na análise dos dados, utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro-wilk e a correlação por postos de Spearman com p<0,05. A correlação entre a força de preensão palmar (FPP) e o teste “Timed up and go” (TUG) foi moderada (-0,36 para mão direita e -0,37 para mão esquerda) e inversa. Sendo assim, os idosos que apresentam uma FPP mais alta realizaram o TUG em um menor tempo. Considerando os resultados encontrados neste estudo, conclui-se que a diminuição da força relacionada ao processo do envelhecimento está associada ao aumento da velocidade da marcha, também decorrente deste processo, fator este que influencia na mobilidade desta população.
Palavras-chave: Mobilidade, preensão manual, capacidade funcional.
Luciano da Costa Chagas, Fernanda Santos da Silva, André Gustavo Pereira de Andrade, Marcos Borges Júnior, Vanessa Baliza Dias.