MOBILIDADE E FUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO COXOFEMURAL. CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE DISFUNÇÕES MOTORAS CONSEQUENTES DE UMA MÁ FORMAÇÃO CONGÊNITA EM UMA MULHER DE 53 ANOS. UM
Érica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Este estudo de “unidade-caso” (GIL, 1996, p.121) teve como objetivo avaliar e recuperar a amplitude de movimento da articulação coxofemoral de um indivíduo do sexo feminino de 53 anos cuja etiologia relatada foi de luxação congênita do quadril. No entanto, com o passar dos anos, instalou-se a coxartrose, provocando a diminuição da funcionalidade, desestabilização da marcha e fadiga muscular. “Ao iniciar um programa de exercícios, faz necessária a avaliação da funcionalidade articular para a escolha adequada das séries a serem realizadas”. (VERDERI, 2008 p. 20), Nesse sentido, este estudo adotou a goniometria como um método de avaliação para identificar as perdas das funções de flexão, abdução, hiperextensão do quadril e latero-flexão do tronco. Foi utilizado o goniômetro universal, pois segundo Clapper e Wolf (1988 apud HENRIQUES et al., 2003), “este mostra uma variação significativamente menor, sendo um instrumento mais confiável”. Bem como, oferecer um programa de exercícios que estimule a função articular, que promova alívio nos desconfortos e minimize os efeitos da coxartrose inerente ao processo de envelhecimento decorrentes da patologia. Os exercícios utilizados no programa basearam-se nos estudos de Henriques et al., (2003), que utilizam exercícios ativos livres, ativos assistidos, ativos resistidos e passivos com a ressalva de serem executados sem estímulo doloroso. Os exercícios visam ampliar a demanda vascular, coordenação e habilidades motoras, aumento da resistência e força muscular, diminuição da fadiga, estímulos proprioceptivos e de equilíbrio, onde a “intensidade é regulada pela capacidade adquirida progressivamente e pelas limitações de cada indivíduo (HENRIQUES et al., 2003). Os resultados obtidos foram significativos e todas as articulações avaliadas apresentaram melhora em sua amplitude articular. Kauffman (1987 apud HENRIQUES et al. 2003) relata que, “no processo progressivo de senescência, a articulação deteriora -se gradativamente promovendo a rigidez articular devido as retrações capsulares inevitáveis que impedem amplitudes de movimento dentro dos parâmetros de normalidade”. Mesmo considerando a afirmação de Kauffman (1987 apud HENRIQUES et al. 2003), mas também as de Henriques et al., (2003), este estudo nos traz grande expectativa de que muito podemos contribuir com a melhora da qualidade de vida de indivíduos portadores de patologias que interferem negativamente no movimento humano.
Palavras-chave: Função Articular; má-formação congênita; mobilidade e exercícios.
Érica Beatriz Lemes Pimentel Verderi