VERIFICAÇÃO POSTURAL EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL )1º E 5º ANOS)
Glauce Gonzaga Silva, Érica de Barros Lucas, Enrique Osvaldo Cimaschi Neto, Renato Almeida, Antonio Ferreira.
Para tentar minimizar a alta incidência de adultos com desvios posturais, faz-se necessário um trabalho com atuação principalmente nos planos preventivo e educacional, possibilitando a mudança de hábitos inadequados. O presente estudo teve como objetivo verificar a postura dos escolares do ensino fundamental -1º e 5º anos, para mostrar as diferenças relacionadas com o passar dos anos no ambiente escolar. A amostra foi composta por método de avaliação postural associado a anamnese, desenvolvida para ajudar nas analises através de pontos anatômicos no corpo humano. Foram avaliados 39 alunos do ensino fundamental, com idade de 6 a 12 anos, 17 alunos do 1º ano (7 meninos e 10 meninas), e 22 alunos do 5º ano (11 meninos e 11 meninas), em uma escola da Rede Municipal de Ensino na cidade de Cruzeiro- SP. Um fisioterapeuta acompanhou o professor de Educação Física durante a coleta, para avaliação e diagnóstico dos desvios. Observou-se que 29,4% dos alunos do 1º ano apresentam escoliose, os alunos do 5º ano apresentaram 59% desse desvio. A hiperlordose cervical foi diagnosticada no 1º ano, em 11,8% dos alunos e no 5º ano, em 31,8% deles. Com hipercifose torácica foram diagnosticados 23,5% dos alunos do 1º ano e em 31,8% dos alunos do 5º ano. Em relação à hiperlordose lombar, se diagnosticou entre 64,7% dos alunos do 1º ano e em 81,8% no 5º ano. Esta alteração postural foi o achado mais frequente em ambas as séries analisadas, com predomínio entre as meninas. A escoliose também teve destaque, presente em um número considerável de alunos. O alto índice encontrado se deve, possivelmente, à má postura adotada na sala de aula pelos alunos, principalmente no modo de sentar, posição mantida por período prolongado. A esses fatores, deve-se acrescentar o uso de mochilas com peso excessivo e de calçados inadequados, que contribuem consideravelmente para o surgimento dos desvios mencionados. Faz-se necessária uma atuação preventiva multidisciplinar, com acompanhamento a longo prazo, para que essas alterações se tornem menos frequentes.
Palavras-chave: Desvios posturais; ambiente escolar; coluna.
Glauce Gonzaga Silva, Érica de Barros Lucas, Enrique Osvaldo Cimaschi Neto, Renato Almeida, Antonio Ferreira.