PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL VERSUS DESCONFORTO LABORAL
Pablo Braga Viana, Luciana Vasconcellos Benini, Cidia Vasconcellos
Com o aumento das demandas de trabalho, velocidade e armazenamento das informações, o computador tornou-se imprescindível, e com ele, houve um crescimento da incidência de doenças e desconfortos laborais. Este estudo tem como objetivo verificar os benefícios de um programa de qualidade de vida, a partir da comparação da incidência de queixas e intensidade de dores em funcionárias/colaboradoras, dos setores administrativos de duas empresas, que cumprem suas jornadas de trabalho em postos informatizados. O estudo é do tipo transversal e descritivo semi-quantitativo. A investigação foi realizada por meio de um Censo Ergonômico, que tem como finalidade analisar, de acordo com as queixas do trabalhador, algum desconforto, dificuldade ou fadiga e o quanto eles os consideram relacionados ao trabalho. Foram escolhidas duas empresas, denominadas neste estudo como (A) e (B). A empresa (A) possui um programa de Ginástica Laboral, executado diariamente no inicio da jornada de trabalho, com duração de 15 minutos, com exercícios de movimentação articular e alongamentos, e também dois dias por semana, no período da tarde, com duração de 10 minutos, com exercícios de alongamento e relaxamento. A empresa (B) não possui tal programa. A seleção das colaboradoras foi feita de acordo com a possibilidade logística: foram incluídas no estudo somente colaboradoras do sexo feminino, que anuíram em dele participar, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido, perfazendo um total de 45 mulheres, 28 da empresa (A) e 17 da empresa (B), todas com ocupação de interação com o computador por 6 horas ininterruptas ou 8 horas, com intervalo para almoço, e idades variando de 18 a 45 anos. Com os dados obtidos neste estudo e pelas análises realizadas, pôde-se notar que houve similaridade entre as empresas em todos os pontos de dores, exceto no item pescoço, além de maior número de indivíduos que não apresentam queixas na empresa (A). Com base nessas análises, concluiu-se que os programas de qualidade de vida são relativamente eficazes no combate às doenças ocupacionais.
Palavras-chave: Estafa profissional - prevenção e controle; Estafa profissional - reabilitação; Terapia por Exercício - educação; Terapia por Exercício - organização & administração; Terapia por Exercício - utilização.
Pablo Braga Viana, Luciana Vasconcellos Benini, Cidia Vasconcellos