A UTILIZAÇÃO DA PSE COMO INDICADORA DE INTENSIDADE DE UM TESTE PROGRESSIVO DE CORRIDA INTERMITENTE EM JOGADORES DE FUTEBOL
Osvaldo Donizete Siqueira, Luiz Antônio Crescente, Tiago Cetolin, Valdeci Foza, Marcelo Cardoso.
O propósito do estudo foi verificar a correlação entre a percepção subjetiva de esforço (PSE) com a frequência cardíaca (FC) e a concentração de lactato [La] de um teste progressivo intermitente em jovens jogadores de futebol. Fizeram parte do estudo 56 jogadores de um clube profissional de futebol do Rio Grande do Sul, com média de idade de 15,11 ± 1,1 anos, massa corporal total de 60 ± 4.0 kg e estatura 1,68 ± de 0,04m. Os atletas foram submetidos ao teste TCAR, com o objetivo de identificar o pico de velocidade corrigido (PVcor). A FC foi monitorada no final de cada estágio. Ao final de dois estágios os jogadores eram avaliados quanto à PSE (escala de Borg) e concentrações de Lactato, através de coletas de sangue. Para análise dos dados, utilizamos a estatística inferencial adotando o teste de correlação Produto Momento de Pearson. Resultados: valores médios e desvios padrão encontrados para a FC 183±16,9, PSE1 11,68±3,60, lactato 3,80±2,8 e PSE2 11,54±3,62. Em relação às correlações, a PSE apresentou uma associação com a FC significativa, crescente e de magnitude moderada (p = 0,000; r = 0,60). Encontramos uma correlação significativa, positiva e de magnitude forte entre o Lactato e a PSE (p = 0,000; r = 0,80). Conclusões: com base nos resultados podemos dizer que a PSE é um instrumento válido para avaliar e monitorar a intensidade de esforço, em conjunto com a resposta metabólica [La] e cardiovascular (FC). Fica evidenciado com as correlações que a PSE é dependente de processos neurais e cognitivos e que, o estresse físico produziu sinais sensoriais aferentes que promoveram alterações na PSE.
Palavras-chave: Percepção subjetiva de esforço, frequência cardíaca, futebol.
Osvaldo Donizete Siqueira, Luiz Antônio Crescente, Tiago Cetolin, Valdeci Foza, Marcelo Cardoso.