CAPACIDADE DE FORÇA DOS MEMBROS SUPERIORES EM COMPETIDORES DE MONTARIA EM TOUROS
Arthur Bertagia de Souza; Carlos Eduardo Lopes Verardi; Cassiano Merussi Neiva; Dalton Müller Pessôa Filho
Este estudo avaliou a preensão manual de praticantes e não praticantes de montaria em touros para obter parâmetros de referência da aptidão de força destes sujeitos. Vinte sujeitos, divididos em dois grupos, 10 atletas de montaria em touros (AMT: 174,5 ± 5,2 cm de estatura, 78,9 ± 12 kg de peso corporal, 24,7 ± 6,1 anos e 13,8 ± 2,4% de gordura corporal) e 10 não atletas de montaria em touros (n-AMT: 178,5 ± 7,3 cm de altura, 81,2 ± 8,8 kg de peso corporal, 21,7 ± 2,3 anos e 13,8 ± 1,9% de gordura corporal) foram submetidos aos protocolos de avaliação da força de preensão manual em dinamômetria padrão e específica (simulando uma postura de montaria) para os braços direito (DPD e DED) e esquerdo (DPE e DEE), bem como a avaliação da força máxima dinâmica dos membros superiores em aparelhos convencionais de exercícios com pesos. As médias das variáveis analisadas foram comparadas pelo teste-t para dados independentes, adotando-se nível de significância em ρ ≤ 0,05. As relações entre os valores de força e preensão manual e dinâmica foram traçadas pelo coeficiente de Pearson. Os resultados para AMT na DPD (43,8 ± 6,8kgf), DPE (39,4 ± 7,7kgf), DED (44,9 ± 5,6kgf) e DEE (39,8 ± 8,3kgf), quando comparados aos valores apresentados por n-AMT na DPD (47,0 ± 3.0kgf), DPE (42,2 ± 6,1kgf), DED (49,2 ± 1,5kgf) e DEE (46,2 ± 4,1kgf), apresentaram diferenças apenas para DED e DEE. A força no teste de 1RM no supino reto (73,2 ± 12,0kg e 82,0 ± 12,0kg), rosca direta (45,2 ± 8,9kg e 43,8 ± 8,9kg), tríceps pulley (67,0 ± 6,3kg e 72,0 ± 6,3kg) e puxada posterior (73,5 ± 8,5kg e 73,7 ± 7,5kg) para os grupos AMT e n-AMT, não evidenciaram diferenças. A influência sobre a preensão manual foi apresentada pelos flexores do cotovelo em todas as variações da dinamometria realizadas em AMT, e pelos extensores do cotovelo, adutores, abdutores e extensores do ombro na DPD em n-AMT. Conclui-se que a força de empunhadura e a força dinâmica dos membros superiores não são respostas adaptativas da prática de montaria em touros.
Palavras-chave: Preensão manual, força dinâmica, antropometria, montaria em touro.
Arthur Bertagia de Souza; Carlos Eduardo Lopes Verardi; Cassiano Merussi Neiva; Dalton Müller Pessôa Filho