EFEITO DO TREINAMENTO DE FORÇA FUNCIONAL NO DESEMPENHO DE ATLETA DE ELITE DE NADO SINCRONIZADO: ESTUDO DE CASO
Luiza Serrachioli, Felipe Bartolotto, Rodrigo Pereira, Rafael Florêncio, Fabricio Madureira.
O nado sincronizado é um esporte olímpico, porém pouco difundido no Brasil. Um bom desempenho está relacionado à eficiência na execução dos movimentos, que são resultantes do controle motor, tais como: força, agilidade, equilíbrio e resistência. Tradicionalmente as atletas desta modalidade são submetidas a treinamentos de força em ambientes terrestres, entretanto, são limitados os trabalhos que investigam o efeito do treinamento de força especifico no ambiente aquático (TFA). Ainda, trabalhos realizados com atletas de pouca experiência induzem a limitações na identificação dos efeitos do TFA em função da aprendizagem influenciar de forma significativa os resultados, desta forma, investigar os efeitos do TFA em atletas de elite parece ser um desafio instigante analisar a influência deste tipo de treinamento e sua funcionalidade. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do treinamento de força funcional no desempenho de uma atleta penta campeã paulista de nado sincronizado. Foi avaliada uma atleta de 18 anos, da categoria sênior nível A, pentacampeã paulista e duas vezes vice-campeã brasileira. A atleta praticou 3 sessões por semana de um programa de TFA denominado Water Force, com duração de 50 minutos por 12 semanas. Foram utilizados métodos diferentes de treinamento de força e os exercícios foram baseados em técnicas propulsivas das figuras mais usadas nas apresentações da atleta. Para avaliação foram usados teste de deslocamento, sustentação, apneia e equilíbrio. Os resultados para os testes de deslocamento de 25 metros foram: torpedo duplo (s), pré 27´´75 e pós 26´´54; torpedo alternado pré 27´´38 e pós 25´´28; palmateio de flutuação pré 34´´15 e pós 33´´06; eggbeater frontal pré 55´´47 e pós 40´78; eggbeater direita pré 44´´00 e pós 34´´94; eggbeater esquerda pré 40´´94 e pós 32´´97. Para os testes de apneia utilizando posições básicas (s), garça pré 20´´31 e pós 32´´03; guindaste pré 19´´21 e pós 29´´97; vertical pré 14´´25 e pós 27´´72; abertura pré 18´´53 e pós 42´´60; guindaste lateral pré 12´´82 e pós 30´´12. Para o teste de equilíbrio (se manter em um ponto fixo), pré 59 cm de deslocamento e pós 0 cm. De acordo com os resultados, pode-se inferir que o treinamento funcional, influenciou positivamente no desempenho da atleta, sendo importante, mais estudos relacionados a aplicabilidade do programa em um número maior de atletas de elite do nado sincronizado.
Palavras-chave: Treinamento de força, adolescente, nado sincronizado.
Luiza Serrachioli, Felipe Bartolotto, Rodrigo Pereira, Rafael Florêncio, Fabricio Madureira.