POTENCIAL DO TREINAMENTO ATÉ A FALHA CONCÊNTRICA PARA INDUZIR OVERREACHING/OVERTRAINIG
Lydiane Tavares Toscano, Igor Brito dos Santos, Anna Cláudia Freire de Araújo Patrício, Gilberto Santos Cerqueira, Alexandre Sérgio Silva.
O treinamento até a falha concêntrica (TFC) tem sido praticado por sua suposta capacidade de promover aumentos adicionais na força e hipertrofia. No entanto, a alta intensidade deste treinamento pode conduzir o praticante a um processo de overreaching/overtraining. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento dos marcadores de dano muscular e estresse oxidativo em resposta ao TFC. Cinco sujeitos de ambos os gêneros (27,4±5 anos), com pelo menos dois anos de treinamento com exercícios resistidos, realizaram um protocolo de TFC por três semanas consecutivas, seguidas de uma semana de treinamento regenerativo. As enzimas creatinoquinase (CK) e a malondialdeído (MDA), foram dosadas para se determinar dano muscular e estresse oxidativo, respectivamente. Elas foram avaliadas em condições pré-treinamento (PT), após as três semanas de TFC (3S) e após a semana regenerativa (SR). O TFC não foi suficiente para promover alterações no dano muscular (85±66,3; 101±60,6; 127±120,5 para PT, 3S e SR respectivamente, p>0,05). Entretanto, a MDA aumentou de 0,402±0,141 em PT para 0,525±0,06 na 3S e 0,581±0,08 na SR (p<0,05), indicando um desbalanço no sistema oxidativo. Conclui-se que três semanas seguidas de treinamento até a falha concêntrica não promovem dano muscular importante, mas já é suficiente para promover aumento do estresse oxidativo mesmo em indivíduos treinados, mostrando a importância de controlar o treinamento de força sob as variáveis que estimulam lesões musculares.
Palavras-chave: Exercício resistido, falha concêntrica, estresse oxidativo, dano muscular.
Lydiane Tavares Toscano, Igor Brito dos Santos, Anna Cláudia Freire de Araújo Patrício, Gilberto Santos Cerqueira, Alexandre Sérgio Silva.