ASSOCIAÇÃO ENTRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES E PRÉ-ADOLESCENTES COM OBESIDADE ABDOMINAL
William Alves Lima, Fábio Santana, Patrícia Espíndola Mota Venâncio, Iransé Oliveira Silva, Cristina Gomes de Oliveira Teixeira
O presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil nutricional, antropométrica, bioquímico e hemodinâmico de adolescentes com obesidade abdominal, considerando idade e sexo com o intuito de correlacionar variáveis antropométricas e pressão arterial. A amostra do estudo foi composta por 400 adolescentes de ambos os sexos com obesidade abdominal e média de idade 11,93 ± 1,37 anos. Foi mensurada a circunferência de cintura, massa corporal, estatura e calculado o índice de massa corporal. Em seguida houve a mensuração da pressão arterial sistólica e diastólica. No dia seguinte foi colhida uma amostra de sangue em jejum para a dosagem das concentrações das lipoproteínas de baixa e alta densidade, triglicérides e da glicemia. Usou-se o teste de Komolgorov-Smirnov para avaliar a normalidade dos dados. Devido a não apresentação de distribuição normal entre os dados, com exceção da pressão arterial sistólica, optou-se por utilizar o teste não paramétrico de Mann-Whitney a fim de comparar os fatores de riscos entre o sexo. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para avaliar a grandeza da relação entre as variáveis antropométricas e bioquímicas. Foram constatadas várias alterações nas concentrações de lipídios e de pressão arterial dos adolescentes pesquisados. As concentrações de triglicérides estavam acima do considerado saudável em 58 adolescentes e as concentrações de HDL-c abaixo do saudável em 80 jovens. As concentrações de glicemia estavam acima de 100 mg/dL em 31 indivíduos e o 88 deles apresentaram hipertensão arterial. A circunferência da cintura apresentou correlação moderada com o índice de massa corporal, pressão arterial diastólica e sistólica. Medidas intervencionistas, incluindo a prática de exercícios físicos sistematizados e hábitos alimentares adequados, devem ser tomadas para evitar que mais adolescentes possam adquirir obesidade abdominal e as possíveis doenças consequentes.
Palavras-chave: Adolescentes, obesidade abdominal, risco cardiovascular.
William Alves Lima, Fábio Santana, Patrícia Espíndola Mota Venâncio, Iransé Oliveira Silva, Cristina Gomes de Oliveira Teixeira
