NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA DE JOVENS ALUNOS DO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DA CIDADE DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA: UM ENFOQUE PARA A SAÚDE
Erlan Félix de Lima Silva, Taís Feitosa da Silva, Leone Severino do Nascimento, Ravi Cirilo Targino de Araújo, Maria do Socorro Cirilo de Sousa.
Introdução: A aptidão física tornou-se ao longo do tempo um importante objeto de estudo, seja nos aspectos atléticos, seja relacionada à saúde, representada pelos indicadores: resistência cardiorrespiratória, composição corporal, força/resistência muscular localizada e flexibilidade. O incentivo às práticas de atividade física durante a infância e adolescência é fundamental para a aquisição de hábitos saudáveis na vida adulta e, isso tem levado às investigações sobre a participação de crianças e adolescentes nas diversas atividades físicas, bem como seus níveis de aptidão física. Assim, os objetivos deste estudo foram: a) identificar os níveis de aptidão física relacionada à saúde (AFRS); b) comparar os indicadores entre os gêneros; e c) classificar os níveis de saúde de acordo com os parâmetros estabelecidos pela PROESP (Projeto Esporte Brasil). Métodos: A amostra foi composta por 31 indivíduos, sendo 15 meninas (15,00±0,76 anos) e 16 meninos (15,56±0,89 anos), selecionados aleatoriamente no Colégio da Policia Militar da cidade de João Pessoa, Paraíba. Todos os alunos foram submetidos a cinco testes para capacidades físicas: arremesso da medicineball, teste de impulsão horizontal, corrida de 30 metros, sentar e alcançar, e teste de flexão abdominal. Foram analisados os níveis de normalidade e homogeneidade através do teste de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente, e o test t de student para amostras independentes na comparação das variáveis antropométricas e capacidades físicas, adotando p<0,05 para nível de significância. Resultados: Baseado nos critérios estabelecidos pela PROESP, os meninos alcançaram classificações satisfatórias nas variáveis de índice de massa corporal (IMC) e flexibilidade, mas estão em um nível razoável para força de membros inferiores (MMII) e resistência muscular localizada (RML), e nível fraco para força de membros superiores (MMSS). As meninas tiveram classificações satisfatórias para IMC, flexibilidade e RML, entretanto apresentaram nível razoável para força MMSS e nível fraco para força MMII. Os meninos apresentaram resultados significativamente melhores em todos os testes de capacidade física: força MMSS (p=0,001), força MMII (p=0,001), velocidade (p=0,047) e RML (p=0,014), exceto para a flexibilidade (p=0,131). Conclusão: Tanto meninos quanto meninas, não atendem integralmente aos padrões de saúde estabelecidos de acordo com o PROESP, mostrando a importância de incorporação de atividades físicas para crianças e adolescentes que privilegie, de maneira global, os componentes relacionados à AFRS, reduzindo assim a exposição destes sujeitos ao desenvolvimento de doenças crônicas.
Palavras-chave: Aptidão física, criança, adolescente.
Erlan Félix de Lima Silva, Taís Feitosa da Silva, Leone Severino do Nascimento, Ravi Cirilo Targino de Araújo, Maria do Socorro Cirilo de Sousa.