COMPORTAMENTO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA E PRESSÃO ARTERIAL EM DIFERENTES MOMENTOS APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS
Fabiane Vieira da Costa Slompo, Stela de Lima Oliveira, Olga de Castro Mendes.
A redução crônica da pressão arterial sistólica (PAS) em relação ao repouso apresenta-se de forma consensual na literatura através do exercício aeróbio (WHELTON, 2002 apud MAIOR, 2005). Sobre o exercício resistido, alguns dados apontam que a PAS também pode reduzir-se através da continuidade do treinamento ou não se alterar (WILMORE, 2001; FLECK, 1988 apud MAIOR, 2005). Este trabalho teve como objetivo analisar o comportamento da pressão arterial em diferentes períodos após a realização de uma única sessão de exercício resistido (imediatamente após, após 15 minutos, 1 hora, 12 horas e 24 horas) em indivíduos normotensos. Para a realização deste trabalho foram avaliados 4 jovens saudáveis e normotensos com uma média de idade de 22,25 anos e desvio padrão de ±3,86, peso de 73±4,69 kg e altura 1,75±0,03 m. Foram submetidos a uma única sessão de exercícios composta de três séries de 20 repetições cada, com carga correspondente a 40% de 1RM, com intervalo de 1 minuto entre cada série e 2 minutos entre cada tipo de exercício. Os exercícios realizados foram extensão de pernas na cadeira romana, flexão das pernas na mesa romana e voador. Os indivíduos avaliados apresentaram uma freqüência cardíaca de repouso de 75 bpm (±8,68). A pressão arterial sistólica (PAS) de repouso foi de 117,5 mmHg (±9,57) e a diastólica (PAD) de 72,5 mmHg (±5,00). A freqüência cardíaca se mostrou elevada entre o repouso e imediatamente após todos os outros momentos (p<0,05). A análise estatística possibilitou encontrar valores significativos para a pressão arterial sistólica entre o repouso e imediatamente após e entre o repouso e 15 minutos após a execução da última série. Os valores imediatamente após, foram superiores aos momentos 1, 12 e 24 horas. A pressão arterial diastólica não apresentou diferença significativa entre os momentos. Conclui-se que não houve um efeito hipotensivo após uma única sessão de exercício resistido, na intensidade de 40% de 1RM. Propomos que novas pesquisas sejam feitas, com grupos maiores, e diferentes intensidades, envolvendo indivíduos normotensos e hipertensos, para uma melhor análise desse comportamento.
Palavras chave: Pressão arterial, exercício resistido, normotensos
Fabiane Vieira da Costa Slompo, Stela de Lima Oliveira, Olga de Castro Mendes.