PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM NORMOTENSOS E HIPERTENSOS ASSISTIDOS PELA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA )USF) DO BAIRRO PARQUE DE EXPOSIÇÃO, PICOS – PIAUÍ
Bernardo Oliveira Portela; Luciano Meireles de Pontes; Ana Cristina Pretto.
O presente estudo teve o objetivo de identificar a prevalência de obesidade em normotensos e hipertensos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Picos (PI). Material e Métodos: A amostra foi composta por 54 indivíduos de ambos os gêneros com idades entre 43 e 80 anos, cadastrados na USF do bairro Parque de Exposição localizado na cidade de Picos. Para a classificação de obesidade recorreu-se ao índice de massa corporal (IMC) mediante o equacionamento das medidas de massa corporal (MC) e estatura (EST) (MC/EST2) e os pontos de corte sugeridos pela OMS (1997). A hipertensão foi mensurada por meio de um esfigmomanômetro modelo BID e um estetoscópio da marca Premium. A classificação seguiu as referências do ACMS (2003). A análise dos dados contou com estatística descritiva, análise de inferência para comparações de dados emparelhados através do teste “t” de Student e associações entre variáveis por meio do coeficiente de correlação “r” de Pearson e Odds Ratio para estimar a razão de chances; para tais procedimentos foi utilizado o software SPSS versão 14.0. Resultados: Em termos gerais obteve-se o seguinte perfil médio: masculino: massa corporal=78,3±9,1kg, estatura=1,64±0,07m, IMC=29,0±2,7kg/m2, CIRCAB=100,8±9,9cm, PAS=136,6±28,4mmHg e PAD=82,0±12,1mmHg; feminino: massa corporal=67,0±10,1kg, estatura=1,52±0,05m, IMC=28,8±4,2kg/m2, CIRCAB=95,3±10,8cm, PAS=128,7±16,2mmHg e PAD=83,9±10,1mmHg. A prevalência total de hipertensão foi 35,2%, com 40,0% dos homens e 30,7% das mulheres acometidos pela patologia. Em relação ao status nutricional, os homens apresentaram 73,3% de sobrepeso e 26,7% obesidade; já no feminino 23,1% das mulheres se mostraram eutróficas, 35,9% com sobrepeso, 25,6% com obesidade em nível I e 15,4% em nível II. Na observação do padrão de obesidade central, 53,3% dos homens e 76,9% das mulheres apresentaram um perfil de risco. A OR mostrou uma razão de ter excesso de peso e ser acometido pela hipertensão de 2,47 vezes mais chance. Entre as associações de variáveis, observou-se no gênero feminino correlações significativas entre IMC X PAD (r=0,348, p=0,030) e CIRCAB X PAD (r=0,331, p=0,039). Conclusão: Os indivíduos assistidos pela USF do bairro Parque de Exposição, apresentaram um perfil nutricional desequilibrado com elevados casos de sobrepeso e obesidade condição que influenciou na prevalência encontrada de hipertensão arterial, já que o excesso de peso apresentou nos indivíduos assistidos duas vezes mais chance para o padrão hipertensivo. Portanto, tais características devem ser combatidas e tratadas por meio de ações preventivas sejam diretas ou indiretas, mediante a conscientização e mudança de hábitos cotidianos do estilo de vida.
Palavras chave: Avaliação Nutricional. Obesidade. Hipertensão arterial.
Bernardo Oliveira Portela; Luciano Meireles de Pontes; Ana Cristina Pretto.