LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUISER: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DE ÁRBITRAS BRASILEIRAS NO VOLEIBOL
Marcelo Ribeiro Tavares, Victoria Sanches Cunha Leite de Morais, Erik Giuseppe Barbosa Pereira.
A realização de jogos coletivos profissionais implica na moderação da partida por um árbitro ou mais de um, geralmente. No caso do voleibol e na maioria dos esportes coletivos brasileiros, a presença de mulheres nessa função aconteceu de forma tímida e até hoje o contingente do naipe feminino na arbitragem é inferior ao do naipe masculino. Mesmo sendo praticado há mais de 120 anos no Brasil é recente o protagonismo de uma mulher como árbitra principal. O objetivo deste artigo foi problematizar os desafios enfrentados por árbitras do voleibol brasileiro para o desenvolvimento de suas carreiras. A metodologia utilizada inclui a revisão de conceitos relacionados ao desenvolvimento humano, à construção de carreiras no esporte e à construção de carreiras no esporte por mulheres. Foram feitas entrevistas com as árbitras convidadas, por meio remoto, abordando três grandes blocos de assuntos: perfil, carreira e aspirações. Nesse artigo são enfatizados os desafios que enfrentaram para atuarem como árbitras, bem como, as perspectivas que vislumbram para suas carreiras. Conclui-se que os desafios enfrentados pelas entrevistadas se concentram, em grande parte, pelo fato de serem mulheres em um universo predominantemente masculino como o esporte, ainda que atuem dentro de uma modalidade praticada também por mulheres. As barreiras superadas por essas profissionais muito revelam sobre relações de gênero em nossa sociedade e sobre a ausência de políticas inclusivas no esporte, sobretudo, em posições de comando.
Palavras-chave: Esporte. Mulher. Voleibol. Árbitras.
Marcelo Ribeiro Tavares, Victoria Sanches Cunha Leite de Morais, Erik Giuseppe Barbosa Pereira.
