DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE CRÍTICA E FREQUÊNCIA CARDÍACA EM PRATICANTES DE ATLETISMO DE 10 A 16 ANOS DE IDADE DE AMBOS OS SEXOS
Michael Fernandes de Almeida, Enrique Osvaldo Cimaschi Neto, Maurício Leonel Galdino, Renato de Sousa Almeida.
A velocidade crítica (VC), termo usado para atividades cíclicas, pode ser considerada como a intensidade de exercício mantida por longo período de tempo sem exaustão, sendo considerada como bom preditor da capacidade aeróbia e para prescrição do treinamento. O objetivo do presente estudo é identificar a VC e frequência cardíaca (FC) de praticantes de atletismo. Participaram da pesquisa 22 indivíduos, sendo que cada gênero foi dividido em dois grupos, onde o Grupo 1 (G1) representa os indivíduos que não tem em suas provas oficiais distâncias equivalentes a 3000m e o Grupo 2 (G2) como aqueles que apresentam em seu quadro oficial de prova distâncias equivalentes a 3000m. O G1 Masculino (G1M) era composto por 8 indivíduos com 12,00 ± 0,82 anos de idade, 35,45 ± 3,14 kg de massa corporal, 143,50 ± 7,85 cm de estatura, 16,91 ± 1,42 kg/m2 para índice de massa corporal (IMC) e 10,61 ± 1,45 de porcentual de gordura; o G2 Masculino (G2M) por 3 indivíduos com 14,67 ± 0,50 anos de idade, 47,73 ± 7,75 kg de massa corporal, 163,00 ± 8,54 cm de estatura, 18,02 ± 1,63 kg/m2 para IMC e 6,98 ± 0,53 de porcentual de gordura; já o G1 Feminino (G1F), composto por 4 indivíduos com 12,25 ± 0,96 anos de idade, 52,18 ± 3,82 kg de massa corporal, 163,50 ± 7,72 cm de estatura, 19,55 ± 1,34 kg/m2 para IMC e 20,60 ± 3,64 de porcentual de gordura; e o G2 Feminino (G2F), composto por 7 indivíduos com 15,25 ± 0,50 anos de idade, 55,05 ± 13,44 kg de massa corporal, 164,75 ± 4,65 cm de estatura, 20,33 ± 4,32 kg/m2 para IMC e 22,83 ± 4,93 de porcentual de gordura. Para determinação da VC realizaram corridas máximas de 500m e 3km, em dias diferentes, e os resultados foram obtidos através de regressão linear, distância-tempo. A frequência cardíaca foi obtida em três pontos distintos, nos 500 m (FC500); nos 3000 m (FC3000) e na média dos 3000 m (FCMÉD. 3000). Para análise estatística foi utilizado Teste “t” de Student para observações independentes, adotando-se p ≤ 0,05. De acordo com os resultados obteve-se para G1M 286,15 ± 6,56 m.min.-1, G2M 288,43 ± 6,43 m.min.-1; G1F 280,44 ± 3,88 m.min.-1 e G2F 280,38 ± 3,79 m.min.-1 referentes à VC. Para FC500 G1M 170,00 ± 36,33 bpm, G2M 185,67 ± 14,57 bpm; G1F 167,75 ± 21,03 bpm e G2F 171,00 ± 40,47 bpm; FC3000 G1M 196,75 ± 7,41 bpm, G2M 197,00 ± 9,54 bpm; G1F 192,75 ± 21,12 bpm e G2F 192,50 ± 6,45 bpm e FCMÉD. 3000 G1M 186,80 ± 9,98 bpm, G2M 187,67 ± 8,33 bpm; G1F 181,25 ± 19,92 bpm e G2F 186,50 ± 5,20 bpm. De acordos com achados na presente pesquisa, não se verificou diferenças significativas entre os grupos para VC assim como para FC. Assim sendo, a VC e FC parecem ser importantes preditores para a prescrição de exercício físico. No entanto novas pesquisas são sugeridas para maiores conclusões.
Palavras chave: Velocidade crítica, frequência cardíaca, corredores.
Michael Fernandes de Almeida, Enrique Osvaldo Cimaschi Neto, Maurício Leonel Galdino, Renato de Sousa Almeida.