INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA AMBIENTE NO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E NA FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA EM EXERCÍCIO PROGRESSIVO
Christian Emmanuel Torres Cabido, Lucas de Ávila Carvalho Fleury Mortimer, Cristiano Lino Monteiro de Barros, Thiago Teixeira Mendes, Emerson Silami Garcia.
O objetivo deste estudo foi comparar o VO2máx e a FCmáx em ambientes quente (40°C) e temperado (22°C) obtidos em exercício realizado em cicloergômetro, além de verificar se o protocolo utilizado possibilitou a medida do VO2máx. A amostra foi composta por nove homens jovens e saudáveis que, inicialmente, realizaram um exercício progressivo (PACSM) em ambiente temperado (22 ± 1ºC e 61 ± 8% URA) para determinação do VO2máx (ACSM, 1996). Posteriormente, foram realizados aleatoriamente dois protocolos de exercícios progressivos máximos em uma câmara ambiental em duas situações: 40°C (P40°C) e 22°C (P20°C), ambas com URA de 50%. Estes protocolos iniciavam a 60W e tiveram acréscimos de 15W a cada três minutos até a fadiga. O VO2máx encontrado no P40°C (44,48 ± 4,82 mL•kg-1•min-1) foi menor que os observados no P22°C e PACSM (51,38 ± 4,95 e 53,41 ± 5,15 mL•kg-1•min-1, respectivamente). O VO2máx atingido no PACSM não foi diferente do encontrado no P22°C. A FCmáx foi maior no P40°C (195 ± 8 bpm) quando comparada ao P22°C e PACSM (188 ± 7 e 191 ± 5, respectivamente), mas não houve diferença significativa entre o PACSM e o P22°C. Os resultados do presente estudo mostram que o exercício progressivo máximo realizado em um ambiente quente, onde ocorrerá uma maior sobrecarga no sistema termorregulatório, resulta em um menor VO2máx e uma maior FCmáx. Além disso, o VO2máx e FCmáx encontrados no P22°C não foram diferentes daqueles encontrados no PACSM, mesmo o primeiro tendo uma maior duração.
Palavras chave: capacidade aeróbica, ambiente quente, exercício incremental.
Christian Emmanuel Torres Cabido, Lucas de Ávila Carvalho Fleury Mortimer, Cristiano Lino Monteiro de Barros, Thiago Teixeira Mendes, Emerson Silami Garcia.