TREINAMENTO FÍSICO ATENUA PRESSÃO ARTERIAL E MELHORA A VARIABILIDADE CARDIOVASCULAR EM RATAS GESTANTES ESPONTANEAMENTE HIPERTENSAS
Octávio Barbosa Neto, Débora Tavares de Resende e Silva Abate, Luiz Antônio Silva Campos, Marlene Antônia dos Reis, Valdo José Dias da Silva.
Desordens hipertensivas que acometem as gestantes podem provocar sérias complicações na gestação, inclusive, levando o feto à morte. Estudos que avaliem a atividade física no meio líquido, e que abordem os efeitos deste tipo de treinamento em inúmeras variáveis de gestantes. Portanto, o presente estudo tem como objetivo de avaliar o efeito do treinamento físico (TF) por natação na pressão arterial (PA) e na variabilidade da pressão arterial (VPA) e da frequência cardíaca (VFC). Quatorze ratas SHR com (240±02 dias) de idade e pesando (230±12g) foram submetidas ou não a um protocolo de treinamento físico de natação por 09 semanas resultando em dois grupos experimentais: hipertensas gestantes sedentárias (HGS, n=07) e hipertensas gestantes treinadas (HGT, n=07). Ao término do protocolo, todos os animais foram anestesiados com Pentobarbital Sódico (40 mg/kg i.p.) e cânulas (PE-10) foram introduzidas na artéria femoral para registro direto da PA e da frequência cardíaca (FC). Após 24 horas a PA e FC foram continuamente registradas em condições basais por 30 minutos. Séries temporais de PA sistólica (PAS) e intervalo de pulso (IP) foram extraídas do sinal de PA e analisadas por meio de análise espectral autorregressiva. A pressão arterial média (PAM) nas ratas hipertensas gestantes treinadas foi significativamente menor (107±4,0mmHg) quando comparadas com as ratas hipertensas gestantes sedentárias (133±2,5mmHg, p=0,013). O registro da banda de baixa frequência (BF) da VPA no grupo HGT apresentou valores de densidade espectral significativamente menor quando comparado com o grupo HGS (6,85±2,14 mmHg vs 16,57±3,15 mmHg; p<0,05). Todavia, a banda de alta frequência (AF) da VPA do grupo treinado foi significativamente maior (7,69±0,55mmHg) em relação ao grupo sedentário (4,69±0,47mmHg, p=0,006). Concluímos que os dados deste presente estudo indicam que o treinamento físico por natação provoca uma diminuição no componente simpático vascular e um desvio do balanço modulatório simpato-vagal cardíaco em direção a uma predominância parassimpática, o que poderia contribuir para uma atenuação da pressão arterial em ratas gestantes hipertensas.
Palavras chave: Treinamento físico, variabilidade cardiovascular, gestação, análise espectral.
Octávio Barbosa Neto, Débora Tavares de Resende e Silva Abate, Luiz Antônio Silva Campos, Marlene Antônia dos Reis, Valdo José Dias da Silva.