O PAPEL DO ESPORTE NO DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES EM MULHERES
Daniela Bassinello Seixas, Benecta Patrícia Fernandes e Fernandes, Juliane Jellmayer Fechio.
Atualmente tem-se relacionado o ambiente esportivo com uma maior ocorrência de distúrbios alimentares. O objetivo do presente estudo foi comparar a presença de transtorno alimentar e distorção da imagem corporal entre atletas e não-atletas do sexo feminino. Fizeram parte desta pesquisa 46 mulheres atletas (idade média de 17,5 anos ± 1,87) das modalidades esportivas: handebol, nado sincronizado e ballet, que competem há no mínimo sete meses e 39 não-atletas (idade média de 16,95 anos ± 2,51). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Eating Attitudes Test - Eat-26 (GROSS et al., 1986) que visa verificar a existência de atitudes e comportamentos típicos relacionados à alimentação e controle de peso e o Body Shape Questionnaire- BSQ (COOPER et al., 1987) para avaliar o grau de preocupação com o corpo e a distorção da imagem corporal. Estes questionários são de autoaplicação e foram usados na versão em português. Após a análise dos resultados foi feita uma comparação verificando as diferenças dos comportamentos sugestivos de transtorno alimentar e distorção da imagem corporal de atletas e não-atletas. Os valores médios das atletas em ambos os questionários apresentaram índices mais elevados do que as não-atletas, mas não houve diferença estatisticamente significante. A imagem corporal gerou maior preocupação do que o hábito alimentar entre atletas e não-atletas. Conclui-se que apesar de ter sido encontrada apenas diferenças descritivas na comparação entre os grupos, há a necessidade de novos estudos, com outras modalidades esportivas.
Palavras chave: Transtorno alimentar, imagem corporal, esporte.
Daniela Bassinello Seixas, Benecta Patrícia Fernandes e Fernandes, Juliane Jellmayer Fechio.
