MOTIVOS PARA A PRÁTICA DA CORRIDA DE RUA ORIENTADA E NÃO ORIENTADA POR PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Pablo Ribeiro Casadio, Tiago Peçanha de Oliveira, Emerson Filipino Coelho.
INTRODUÇÃO: A literatura científica é incipiente a respeito dos motivos que levam a busca pela prática da corrida de rua. Alguns fatores podem interferir nos motivos para a busca da corrida de rua. Dentre eles, a presença do treinador merece destaque. É possível que indivíduos orientados por profissionais diferenciem-se de seus pares não-orientados quanto aos motivos para prática regular da corrida de rua. Por conta disso, o presente estudo objetivou comparar os motivos de início e persistência para a prática de atividades físicas em indivíduos orientados e não-orientados por profissionais de educação física. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Participaram do estudo 24 indivíduos (22 à 76 anos), de ambos os sexos, que praticam corrida de forma amadora, há mais de um ano, sendo enquadrados em dois grupos: orientados (GO) e não-orientados (GNO). Para verificação dos motivos de início e manutenção para a prática da corrida, os indivíduos responderam às sub-escalas de início e persistência do Questionário de Motivos Esportivos (MINCA) (CARMO et al., 2008). Para a análise dos dados, atribuíram-se valores referentes ao nível de concordância para cada motivo apresentado no questionário, calculando, assim o valor de escore de concordância para cada motivo. A partir disso, selecionaram-se os três motivos (ou mais, caso houvesse empate) de maior escore de concordância médio em cada grupo. Comparou-se também o escore médio de todas as questões das duas sub-escalas, entre os dois grupos. Para comparação dos escores médios calculados, entre os grupos, foi realizado teste T para medidas independentes. Para isto, utilizou-se o software Statistica 6.0. RESULTADOS: Os motivos de início e manutenção mais relevantes nos grupos formados estão destacados nas figuras 1 e 2. Observou-se que ambos os grupos destacaram as questões 2, 4 e 15 para início da prática da corrida. Em relação aos motivos de persistência, enquanto que o GO destacou como mais relevante as questões 1, 4, 6 e 16; o GNO destacou as questões 4, 5, 6, 10 e 11. Quando comparados os escores de todas as questões, observou-se diferença estatisticamente significativa nas questões 4 e 11, da subescala de início, com o GNO apresentando maiores escores. Em relação à subescala de persistência, os grupos diferiram estatisticamente nas questões 1 e 16, com o GO apresentando os maiores escores. CONCLUSÃO: A partir da análise dos resultados, pôde-se observar que, em grande maioria, os motivos de início e persistência para a prática da corrida são similares entre os grupos.
Palavras-chave: Corrida de rua, psicologia do esporte, motivos para a prática de exercício físico.
Pablo Ribeiro Casadio, Tiago Peçanha de Oliveira, Emerson Filipino Coelho.